quinta-feira, 12 de agosto de 2010

3 HOMENS E UM DESTINO - PARTE II

Miguel Alexandre Pinho: falastrão, trajando linho puro(branco) engomado, sapato branco, perfumado, com o verbo na ponta da língua, que o tornava bom de oratória(sem atropelar a gramática), endinheirado. Às vezes soberbo que chegava a humilhar algumas pessoas que até hoje estão na Curuzu.Era amigo de quem gostava.
Tendo motorista particular, vi muitas vezes o "Conde milionário" chegar à Curuzu, geralmente à tarde, com saco cheio de dinheiro e ordenar: "Faz a fila que eu vou pagar". Era uma festa. Jogadores, funcionários, o Paulinho(um doidinho que andava pela Curuzu) e o picolezeiro se alegravam porque até eles levavam uma "babinha" prá casa.
Foi vendo Miguel Pínho agir assim que criei o bordão: "Homem endinheirado é outro homem".
Miguel se foi,mas nos deixou suas máximas: "Eu pago minha vaidade com que tenho no bolso", "Eu ponho, eu mando","As abóboras se acomodam conforme o andar da carruagem"
Desta última vez que passou pela Curuzu, certa vez cheguei com ele e ousei perguntar se ele sabia quanto ele havia colocado no PSC. Resposta de bate pronto: "Zeca Diabo, a mulher que dormi comigo nunca me perguntou. Não te interessa". Levei pela cara e meti o rabo entre as pernas e saí de fininho.
Em vida eu nunca ouvi o Miguel dizer que o PSC lhe devia. Morreu e não revelou.
Pedro Minowa: também falastrão, sem o poder de verbalização de Miguel Pinho, corporalmente, fininho, passa a impressão que cuida do corpo, simples, demonstra a todos o amor exacerbado que nutre pelo CR, obsessão prá ser presidente, veste roupas com as cores do seu clube, atencioso e fala o que pensa sem medir consequências.
Adoro entrevistar Minowa porque rende e dá ibope.
É homem de palavra e quando diretor de futebol do CR, quando não tinha, emprestava do banco onde tem crédito.
Salvou o CR por muitas vezes, pagando folhas do plantel de futebol e dos funcionários do Baenão.
Este homem não tem o reconhecimento daqueles que se dizem donos do clube.
Segunda-feira,na reunião do CONDEL, ele deu uma prova do seu amor: anistiou o CR de todo o dinheiro que meteu no Baenão - superior a R$ 300 mil. Quem fez ou faz isso?
E não contente com a situação do seu Remo, Minowa revelou que tem um grupo de 40 pessoas que está disposta a doar ao CR R$ mil todo mês(R$ 40 mil) para ajudar o clube a pagar dívidas trabalhistas.
Se todos os "cardeais" seguissem esse exemplo, o clube rapidamente pagaria o que deve.
Walter Abel não foi presidente da TLB porque nunca desejou. "Não tenho essa vaidade", disse-me certa vez na Vila.
Miguel Pinho foi tudo no PSC. Pagou sua vaidade!
Pedro Minowa: sonhar faz bem!
É o que há!

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