sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"GELADÃO"

Não tolero jornalismo barato; não gosto de jornalismo disse-me-disse; não gosto do jornalismo feito à base de estatística(ela é uma aliada do jornalismo) e por assim dizer, o telefone, também, é um aliado do jornalista, mas nunca pensar fazer jornalismo pelo telefone.

O repórter, de qualquer área, tem que estar exposto à ação; no momento em que ocorre o fato: e neste metiê o narrador, o comentarista e o repórter esportivos têm que ser testemunhas oculares e auriculares dos jogos de futebol ou de qualquer outro esporte.

No final da década de 80, início da de 90, com a globalização e os grandes espetáculos esportivos internacinais, no Brasil as emissoras de rádio e depois às de TV aderiram ao desgraçado "off-tube": é o jornalismo esportivo enganador e menos gastos para os empresários.

Numa sala,coloca-se uma telona sobre uma mesa e à frente um narrador, um comentarista e, às vezes, dois repórteres e, como se estivessem numa cabina de estádio de futebol, narra, comenta e reportam.

Já aconteceu de uma emissora de rádio anunciar um jogo a semana inteira e no dia faria "tubão". A emissora de TV que geraria a imagem do jogo não pagou os funcionários da geradora e não chegou às imagens na capital.Aí deu-se!

A narrador da emissora de rádio que faria a narração pelas imagens, não teve dúvida: sontonizou, pela internet, uma emissora da cidade onde aconteceria a partida e não perdeu o rebolado - narrou todos os 90 minutos como se estivesse à beira do gramado. É preciso ser bom prá fazer o que fez.

Nessa prática, o narrador, o comentarista e os repórteres não têm a visibilidade de todo o panorama de um campo de futebol. E por isso, por mais que o narrador seja fera, não pode ser fiel aos fatos.

A TV Cultura, que no campeonato paraense deixou de fazer um São Raimundo x PSC porque deixou de cumprir compromissos financeiros, domingo fará "geladão" dos dois clubes pela série C do brasileiro: as imagens do jogo serão geradas prá central da FUNTELPA e narrador, comentarista e repórter "se virão nos 30".
É o que há!

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