Bira Lima é um cidadão de fina plumagem, coração bondoso, discreto, bem conceituado no mundo esportivo, não alterca com quem lhe agredi verbalmente, mantém a postura de “gentleman”(exemplo dado no BOLA NA ÁREA, na acirrada campanha eleitoral para presidência do PSC), proficiente gerente da Caixa Seguros por mais de 20 anos, acaba de dá bom exemplo como desportista ao conversar com o presidente Luís Omar, do PSC, e Sérgio Cabeça Brás, do Clube do Remo.
Quando a grande maioria dos dirigentes esportivos não compareceu ao Primeiro Encontro de Gestão Esportiva, patrocinado pela Federação Paraense de Futebol, Bira Lima, sem nenhum vínculo com clubes paraenses, lá esteve como ouvinte atento aos preletores.
Falei com Bira sobre a proposta do Zé Ângelo, vice federacionista, que quer aditivo ao contrato de CR e PSC com o governo do Estado para que os clubes repassem 35%, das suas cotas de publicidade, para as divisões de base. “Sou favorável, Zé. Era uma das minhas propostas se fosse eleito presidente do PSC”, disse Bira.
Como não foi eleito presidente do clube que ama (PSC), e, consequentemente, sem poder implementar o plano de gestão compartilhada em todos os setores do clube, Bira Lima, na qualidade de principal executivo da CAIXA SEGUROS, subsidiária da CEF, já definiu cotas de publicidade para CR e PSC. Detalhe: que o recurso financeiro seja aplicado nas divisões de base das duas maiores “locomotivas” do nosso futebol.
JUÍZA IDA SELENE DEFERI PEDIDO DO AMARO KLAUTAU
Tenho em mãos despacho da juíza Ida Selene e que transcrevo um dos parágrafos: “...Desta feita, ainda que entenda que se trata de uma solução paliativa, não há como não deferir, por ora. Recebo a proposta como pedido de remição da dívida, a qual defiro nos termos em que foi apresentada e, tão logo seja efetuado o depósito, determino a suspensão do leilão do imóvel, designado para o dia 16 de dezembro. Aguarde-se o cumprimento.”
IDA SELENE DUARTE SIROTHEAU CORREA BRAGA
Juíza Federal do Trabalho
Já soube sobre a parceria com a Caixa. É mais uma "fórmula mágica" destinada a não dar certo pelo total descrédito e até ojeriza que os torcedores têm por seus dirigentes. Quem vai dar dinheiro para Luiz Omar administrar? E o Cabeça ficha-suja e seus cardeais gastadores? O torcedor não é bobo como vocês pensam. Você continua insistindo que remo e paysandu não devem investir na base nem prestar contas. Por quê? Você deveria ser o primeiro a criticar esses arremedos de clubes. Não prestar contas é uma confissão clara de que os recursos (públicos) estão sendo gastos de forma irregular. Nada mais claro. Que credibilidade você pode ter defendendo atitudes claramente desonestas desses dirigentes?
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ResponderExcluirOS “GRANDES PROJETOS” DOS NOSSOS CLUBES
ResponderExcluirDe vez em quando, nosso futebol é sacudido por uma fórmula mágica que vai livrar nossos times do atoleiro num piscar de olhos. Me dei ao trabalho de listar alguns dos “grandes projetos” de nossos times nas últimas duas décadas. Todos foram tidos e havidos como a redenção que, de uma tacada só, resolveria todos os débitos, mas acabaram por se transformar em problemas no decorrer do tempo. Só geraram mais dívidas e dor de cabeça, aumentando o já secular descrédito da dupla re-pa:
1)Sedes campestres de Remo e Paysandu – construídas há quase vinte anos, anunciadas com alarde em anúncios na TV, tiveram vida curtíssima. A do Paysandu mal saiu do papel. O clube não pôde honrar os pagamentos e o proprietário retomou o imóvel na justiça. A sede remista não teve destino menos melancólico. Cinco anos após a inauguração, estava abandonada e coberta de mato, chegou a ser invadida por sem-terra e terminou leiloada pela justiça trabalhista. O REMO NUNCA TEVE RECURSOS PARA MANTÊ-LA.
2)Venda de títulos remidos (1993) – Remo, Paysandu e também a Tuna faturaram horrores com a venda desses títulos. Mas como o sócio remido não paga mensalidade, o trio até hoje amarga prejuízos com a perda de sócios e a conseqüente queda nas arrecadações. EXEMPLO DA FALTA DE PREVIDÊNCIA, DA GANÂNCIA, DA VISÃO DE CURTO PRAZO DE QUEM SÓ ENXERGA UM PALMO DIANTE DO NARIZ E NÃO OLHA PARA O FUTURO. Só serviram para criar "cabritos".
3)Funtelpa/Banpará – Outra galinha dos ovos de ouro que fracassou. Apesar das cifras elevadíssimas, as dívidas de Remo e Paysandu só tem aumentado nestes dois anos de contrato. Pobre dinheiro público...
4)Sócio-torcedor – Deu certo em toda parte, menos aqui. Não oferece vantagens ao torcedor, há problemas com emissão de boleto e entraves que desestimulam ao máximo a vida dos infelizes e já arrependidos associados.
4)Rede Celpa (Seu time sua energia) – Recebido como a salvação da lavoura, que deixaria os times nadando em dinheiro (os otimistas falavam em 600 mil/mês), a última informação divulgada dava conta de arrecadação entre 20 e 30 mil/mês. Melancolicamente, os clubes fizeram um acordo com a Celpa e o dinheiro está sendo usado para pagar as contas de luz... Só foi bom para a Celpa...
5)Mini-shopping da Gol Store – Primeira fórmula mágica da gestão Amaro. Nunca saiu do papel, mas trará grandes dívidas ao clube: para desocupar o Carrossel, Amaro prometeu ao seu locatário uma loja na Remo Store. O locatário espera até hoje. Acionará o Remo na justiça, assim como a Gol Store, que teve seu contrato rompido.
6)Carrossel (1984/5) – Surgiu como a galinha dos ovos de ouro. Logo estava terceirizado. Foi alugado diversas vezes, chegando a ter sete locatários ao mesmo tempo que sub-locaram o imóvel entre si e quem menos ganhava era o clube. Até hoje rende problemas judiciais, como se vê no item acima.
7)Lojinhas da Curuzu – na década passada, eram tidas como a solução para tornar o Paysandu independente. Acabaram virando um estorvo. O aluguel é baixo e o clube vive às voltas com caloteiros. Até torcida organizada está hospedada ali.
8)Bingão Microdados (1993) – Sorteio de prêmios que virou dor de cabeça. A Microdados deixou os clubes na mão (sumiu, fechou, sabe-se lá o quê) e largou o prejuízo para os times. Dez anos depois o Remo teve de indenizar um cidadão que ganhou uma moto no sorteio e não recebeu...
9)TV Leão – Canal de TV pela internet, colocaria o Remo “no nível do Corínthians e do Flamengo”. Fechou no mês seguinte.
10)Timemania – Tida como a redenção de nossos times, eles “pagariam suas dívidas federais, após o que ainda teriam uma receita em dinheiro”. Neste caso há um consolo: foi um fracasso no país inteiro, não só aqui.
Como se vê, nada deu certo. Chegamos à conclusão de que a dupla tem o toque de Midas ao contrário. Onde os outros obtem lucro, eles só encontram prejuízo. Em breve poderemos incluir a parceria com a Caixa também neste rol...