quinta-feira, 15 de abril de 2010

OPS! VOU FALAR DE MONSTRO

"Frankenstein", de Mary Shelley; "O Médico e o Monstro", de Robert Louis Stevanson, e o caixeiro-viajante, Gregor Samsa, que um dia se descobre transformado num inseto monstruoso( "A Metaformose", de Kafka), são os monstros da literatura que eu conheço. Em vida, até hoje, nunca vi nenhum, a não ser alguns maus-caracteres "metamorfeseados" de gente.
Não deveria mexer com quem já se foi, mas escrevo essas linhas prá dirimir qualquer pensamento esteriotipado sobre mim com relação ao Luís Araújo, que fui ao seu velório e expus meu coração, minha alma pelo que ele fez por mim em vida. É gratidão!
Como qualquer transgressor, Luís Araújo era incompreendido e bem poucos acompanhavam o seu poder cognitivo. Num dia, numa roda de repórteres, falando de quem é quem na imprensa esportiva paraense, citei que tive o prazer de trabalhar com dois gênios do improviso no rádio: Paulo Ronaldo e o Gueri-Gueri. Um confrade retrucou: - O Paulo Ronaldo foi "fera", mas o Lulu foi 'gênio do mal". Calei-me.
Recentemente, numa mesa de cafezinho, conversa intimista, sobre o passamento dele, uma criatura falou: "Ele era um monstro..." Pira paz! Não quero mais!!!
Essa definição me fez lembrar de um texto bíblico: "Honra a teu pai e a tua mãe, como o senhor teu Deus te ensinou, para que se prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que o senhor teu Deus te dá".
Não tocarei mais no assunto, não por medo, mas por respeito àquele que foi um dos meus "epafroditos". "O homem verdadeiro está dentro das figuras que cria, com sangue do seu sangue, com a alma da sua alma". OPS!...

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