terça-feira, 29 de junho de 2010

O RÁDIO E A REENGENHARIA


O rádio, ao longo do tempo, tem sido imbatível porque o seu usuário pode levá-lo para onde quiser sem deixar de fazer o que está fazendo.
O rádio é o amigo de todas as horas; o rádio é incentivador, principalmente na hora do trabalho e do "ai, amor".
Com o advento do celular e da internet, o rádio ganhou mais poder de expansão e de comunicação.
Em Belém conheço alguns usuários de rádio AM - o odontólogo Sergio Chermont, o promotor público Domingos Sávio e o arquiteto Aurélio Meira -, que sabem tudo o que nós que trabalhamos no metiê falamos. E são críticos cáusticos. De minha parte, são bem-vindas.
Sábado, no aniversário do Marco Antônio (meu vizinho), tive a oportunidade de papear com o promotor Domingos Sávio que disse estar apreensivo com o atual momento do rádio belenense. Como ele fez questão de dizer que a nossa conversa ficasse na nossa intimidade, calo.
O Dr. Sérgio Chermont, que diz o que pensa aos amigos, pode prestar um grande serviço ao rádio AM de Belém do Pará, falando, como ouvinte, aos donos e diretores das emissoras o seu raciocínio.É muitíssimo importante!
Ao que me cabe, como ouvinte e jornalista, vivendo dentro do rádio - produzindo e apresentando dois programas na Liberal-AM - expus minhas inquietações perante os executivos da Globo e da Liberal. Disse o que penso. Não mandei recado. Falei prá todos ouvirem o meu ponto de vista.
Inobstante estar havia 38 anos no rádio, reconheço que não sou o dono da verdade e que tenho que obedecer quem me paga prá fazer o que faço no rádio. Aos trancos e barrancos foi este rádio que sirvo que me deu tudo que tenho. Honestamente e usando minha cabeça animal. Pensando. É verdade que sou um ficha suja como jornalista, porque o meu pensamento atrapalha quem é corrupto e burro. Não tolero pessoas burras porque não pensam e não sabem ver um palmo longe do nariz. São embusteiras.
Mas, carrego comigo um sonho: ter minha rádio, a rádio Patativa, a rádio que será informação, educação e diversão. E como os meus sonhos passam por pessoas eu imagino A PATATIVA com Celso Freire, Carlos Gaia, Hamilton Gualberto, Professor Cláudio, Agripino, Jorge Dias, Carlos Alberto Melo de Alverga, Beraldo Francês, Ronaldo Porto, Bareta, Toninho Silva,Guarani Jr., Ivo Amaral, Cláudio Guimarães,Jorge Luís,Lessa, Paulo Baia, Chico Chagas, Redivaldo Lima, Valdo Souza, Abner Luís,Léo Souza, Luís Euclides,Guilherme Tadeo, Ney Messias, uma das fertilidades cerebrais que o rádio paraense já teve, e ao comando do Cabeça Branca, Alexís do Carmo, em quem acredito como cabeça pensante.Ele é mil anos!E tem gente neste grupo que não gosta do meu caráter e eu do deles, mas reconheço a competência.
Desde que aqui cheguei, em 5 de maio de 1979, percebo que o rádio belenense não tem identidade própria,preferindo copiar o rádio carioca nas vinhetas, nos programas e até na linguagem, o que é - no mínimo - falta de poder cognitivo dos profissionais que imitam confrades do Rio de Janeiro.
É BRINCADEIRA! PÕE NA TELA! PÔ MEU! E há quem diga CULÉGIO.Pira, Paz!...
Digo e mostro: na rádio Marajoara há OS PRIMAZAES DA NOTÍCIA E A PATRULHA DA CIDADE. São programas da Rádio Tupi, do Rio de Janeiro. E o AMARELINHO, da Marajoara, é uma sofrível cópia. É o repórter da Globo/Rio girando dia e noite a cidade.
O meu amigo Jorge Luís, que faz parte da Santíssima Trindade da narração esportivo, é O GAROTINHO. O dono do epíteto é o José Carlos Araújo, da Globo.
Na rádio Clube do Pará: ENQUANTO A BOLA NÃO ROLA. É marca da Rádio Globo, do Rio, programa apresentado pelo Cleber Leite, aos domingos, das 12 às 14h; CLUBE NA BOLA. No Rio é GLOBO NA BOLA; INTERVALO INTELIGENTE é marca da Jovem Pam (SP); EU VEJO O JOGO OUVINDO A RÁDIO CLUBE, IÊ, IÊ, IÊ é uma paródia interpretada pelo pagodeiro Elson, criada para a rádio Globo.Na clube é plágio.
O rádio paraense precisa, urgentemente, de uma reestruturação. Rádio é som e nome e vice-versa. Nós precisamos criar o nosso rádio, com a nossa cara e a nossa identidade amazônica, com as nossas vinhetas "paidéguas", "éguas" e cobrindo o dia-a-dia da metrópole com profissionais capacitados. Chega de embusteiros! O rádio é imbatível desde que bem feito.
O rádio é "ad eternum". Estou disposto ao contraditório.
É o que há!

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