terça-feira, 21 de junho de 2011
FATOS, SOMENTE FATOS
Não sou daqueles que vivem choramingando sobre o passado.
Não gosto de lembrar o Passado porque passado é passado e tenho interesse pelo presente e futuro.
O passado pode ser triste e alegre - já era - e como diz o letrista popular “os mortos não levantam mais”. É verdade!
Gosto de trazer “a memória tudo que pode me dá prazer, alegria”. É bíblico. E o futuro depende de nós. Aliás, o nosso futuro está límpido e cristalino a nossa frente. Não depende de Deus. Depende de cada um de nós. Penso assim.
Mas, ontem na sala do TJD do Pará me lembrei de nomes que honraram este órgão num passado já distante e que eu sentia prazer como repórter curioso que sempre fui ouvir oratórias de auditores e advogados talentosos na arte de falar. Falar em público é arte e não é prá todos, não. Ontem me deu engulho ao ouvir advogados sem riqueza vocabular e poder de convencimento das suas teses. Coitados! São “rabos de cabra”.
Bechara Fraia Neto, Américo Monteiro, Luís Farias, José Maia (auditores) e José Chaves, Djalma Chaves, Edmar Pereira (que ganhou no TJD o título de 88 prá TLB), Felipe Melo, Hamilton Gualberto que chamavam atenção dos repórteres quando eles usavam a tribuna. Eu ia ao TJD com a certeza de ouvir debates acalorados, recheados de filigranas jurídicas e riqueza vocabular.
Diante do que eu e todos que lá estávamos no pequeno auditório ouvimos o advogado Hamilton Gualberto dizer no frontispício dos auditores, e principalmente do presidente do órgão, Antônio Cândido Barra Brito, que não altercou e assim agiram os demais membros da corte, fez-me lembrar do axioma machadiano: “Quem cala consente ou perguntas absurdas não merecem respostas”.
“Vossa excelência nunca foi destaque como advogado trabalhista, e hoje está nas páginas de O LIBERAL (mostrou a página do jornal). Você adora foco, presidente, e este tribunal depende dos favores da Federação, que inclusive paga as duas funcionárias”, disse de forma contundente o advogado Hamilton Gualberto, afirmando, ao final da sua defesa, que “as cartas estão marcadas”. E nenhum deles se defendeu. Era o que eu esperava. Pelo menos era assim no passado.
“Este TJD reage mal. É lento. Devemos agradecer ao Clube do Remo pela denuncia que fez da irregularidade do atleta do Independente. É nosso dever de ser se o atleta está irregular”, argumentou o auditor André Oliveira, que votou a favor do Remo e deixou a sala do Tribunal bufando de raiva.
Remo perdeu de 6 x 1 o recurso impetrado contra o despacho do presidente Antônio Cândido Barra Brito, que não altercou às acusações do advogado do Remo.
Sinceramente, saí da sala do TJD encucado: não sei se os auditores são despreparados juridicamente, frouxos, educados, paspalhões ou trapalhões. Foi des-mo-ra-li-zan-te. Eu vi e ouvi,meninos! São fatos!
É o que há!
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