Os maiores “furos” do jornalismo brasileiro os repórteres estão “a latere” dos que conversam, geralmente sobre o assunto que interessa ao jornalista. O profissional de imprensa tem que ter visão macrodimensional. Quem ensina é o filósofo da contracultura Herbert Marcuse.
O “furo” jornalístico se caracteriza pela notícia divulgada em primeira mão - isso acontece no rádio, porque minutos depois outra emissora pode também veicular a matéria.
Neste caso não existe exclusividade como alguns embusteiros radialistas, travestidos de “jornalistas” anunciam.
A exclusividade do “furo” só existe em jornal e TV. Porque se trata de imagem (foto e vídeo0.
A matéria postada na manhã de ontem intitulada INDEFERIMENTO, às 7h, neste blogue desajeitado aconteceu devido à insistência deste blogueiro apostolado em querer falar com o presidente do TJD do Pará, Antônio Cândido Barra Brito, e este não atendia o chamado para o seu celular. Isso desde sexta-feira.
Domingo, cedo, saí de casa pensando no parecer do presidente-auditor do Tribunal e fui como faço dominicalmente, tomar café na Praça da República, sem antes deixar de passar pela banca do Alvino, onde gente de todas as classes lá vai comprar revistas, jornais e créditos telefônicos.
Em todas as rodas o papo era Remo e o seu desejo de paralisar o campeonato. Na banca,quando cheguei, pediram minha opinião e eu disse nada saber. Peguei a Veja e dei mais um tempo...
Fui ao Bar do Parque tomar café e saber do que se passou por lá durante a noite. Este local é um “ninho” de gente que sabe das coisas: advogados, jornalistas, políticos, empresários, autônomos lá se encontram e resenham sobre os acontecimentos do dia entre uma “gelada” ou um moca.
“Zeca, ainda a pouco aqui no balcão, pelo papo eram advogados, três homens tomavam café e um dizia que o presidente do TJD vai indeferir o pedido do Remo”, disse-me o Pelé, gerente do Bar do Parque.
Fiquei com a aquilo na cabeça e comecei a perseguição para o celular do advogado Barra Brito sem ser correspondido pelo menos com “só amanhã” como fez quando resolveu falar à Rádio Clube.
Como não atendeu ao meu chamado, resolvi criticá-lo, dizendo que quem manda no TJD é o coronel Nunes, presidente da FPF. Era uma cutucada prá ver se a “paca” saia do buraco. E saiu.
Acreditem: um telefonema de gente que eu conheço, que me acompanha desde que aqui cheguei, vive no meio de gente importante em todos os setores desta cidade, telefona para o meu celular e fala: “Zé, é o fulano, olha o homem já está com o parecer pronto e ele indeferiu o pedido do Remo que foi feito de forma errada. Eu conversei com ele hoje cedo. Mas não revela meu nome. Zé, este teu horário é uma praga. Não revela meu nome se não vai sobrar prá mim”.
“Deixa comigo e obrigado!” Respondi ao meu interlocutor que estava do outro lado da linha telefônica. Não titubeei: abri a boca no BOLA NA ÁREA, às 20h20, e às 20h30 tuitei no @Tudaoetudinho. A fonte é mil anos e trabalha com advogados consagrados. Ele era um dos que tomavam café no Bar do Parque.
Às 16h da segunda-feira, a confirmação nos microfones dos confrades que cobrem a FPF.
Foi o segundo “furo” deste blogue e o primeiro do @Tudaoetudinho.
É a prova de que o repórter não deve ser unidimensional. Quem procura acha.
É o que há!
terça-feira, 7 de junho de 2011
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O furo para mim nasce a partir de uma grande ideia e somente se transformara em uma grande reportagem se vc correr atras.
ResponderExcluirSe o cara ficar na redação lendo os jornais, ele jamais ira conseguir o sonhado furo.
Os radialistas de hj em sua grande maioria nao vao mais as ruas.
Sem furo, não há emoção!
O Jornalista
ResponderExcluirJornalista não fala – informa;
Jornalista não vai à festas – faz cobertura;
Jornalista não fofoca – transmite informações;
Jornalista não pára – pausa;
Jornalista não mente – equivoca-se;
Jornalista não chora – se emociona;
Jornalista não some – trabalha em off;
Jornalista não lê – busca informação;
Jornalista não traz novidade – dá furo de reportagem;
Jornalista não tem muitos amigos – tem muitos contatos;
Jornalista não briga – debate;
Jornalista não conversa – entrevista;
Jornalista não faz lanche – almoça em horário incomum;
Jornalista não é chato – é crítico;
Jornalista não tem olheiras – tem marcas de guerra;
Jornalista não se confunde – perde a pauta;
Jornalista não esquece de assinar – é anônimo;
Jornalista não se acha – ele já é reconhecido;
Jornalista não pensa em trabalho – vive o trabalho;
Jornalista não é esquecido – é eternizado pela crítica;
Jornalista não morre – coloca um ponto final."
Autor Desconhecido