quinta-feira, 15 de setembro de 2011
ROUBAR E FICAR
“O que tem de ladrão no futebol brasileiro!... E o Paysandu tem sido muito roubado”.
Nenhum repórter indagou ao técnico Edson Gaúcho. Ele disse na primeira coletiva, terça-feira, à tarde na Curuzu, nos microfones das emissoras de rádio. E é verdade! Tem muito ladrão no futebol brasileiro.
Este blogueiro apostolado foi ameaçado de processo pelo treinador Sérgio Cosme, ex-paysandu, porque disse no BOLA NA ÁREA, da Rádio Liberal-AM, que estavam roubando o Paysandu. Ele se ofendeu e só não levou à frente a ideia porque o advogado Alexi Lima interveio a meu favor.
No mundo do futebol nacional há muitas gírias e uma delas é esta: “Tá roubando”. Este “roubando” foge da sua essência semântica (apropriação, furtar, subtrair, etc); o verbo "roubar" na linguagem futebolística significa “enganar”, “ludibriar”, etc.
Como há mudanças nos reinos animal e vegetal, no mundo lingüístico às palavras mudam seus valores semânticos. O mais claro exemplo é o verbo “ficar” que significa “parar”, “estacionar”, mas na boca da juventude brasileira este “ficar” tem outro sentido. Pode ser “uns pegas”, “beijar, beijar e beijar muito”, “amaciar a porquinha”, “mimar”, enfim, um sem números de significados, conforme desejo e intimidade do casal.
“Eu fui à balada e’fiquei’ com uma gata gostosa”. O que significa “fiquei”? Prá mim é sexo, meter tudão, e prá você o que significa ir à festa e “ficar” com alguém?
“Bichado” significa que o jogador tem lesão crônica; e quantos já foram contratados por Remo e Paysandu neste estado? Muitos. E neste caso os boleiros,quando estão resenhando, dizem: “fulano está roubando”, ou seja: enganando o clube.
A expressão dita pelo técnico Edson Gaúcho não tem nada a ver com lesão, mas, sim, a qualificação técnica de alguns atletas indicados pelo ex-treinador bicolor Roberto Fernandes, que no fundo, no fundo, roubou a boa fé do presidente Luís Omar.
É o que há!
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