Ontem parei prá assistir ao jogo do Paysandu contra o Independente pela TV Cultura.
Diminuí o áudio e fiquei atento às imagens do jogo com a intenção de ver de forma macrodimensional a bola rolando e a movimentação dos jogadores das duas equipes.
Pela TV é difícil se ter visão macro de uma partida de futebol, mas consegui de forma unidimensional vê o que queria: dos três setores de um time – zaga, meio-campo e ataque – quem deveria ou deverá ser mais inteligente.
O time do Paysandu não tem uniformização técnica e tática; joga desordenado, dando a ideia de que um atleta joga o que sabe; o time do Independente tem um jogador que pensa um palmo longe do nariz: Gian. Inobstante não ter mais tônus muscular para jogar futebol, em campo encharcado, ainda é cerebral; ele tem precisão no passe – foi assim no primeiro gol do Independente. Ele meteu de forma consciente a bola entre os dois zagueiros do Paysandu, que são ruins por não terem noção de espaço e de antecipação.
E o “cego” treinador bicolor não produziu antídoto prá parar a única jogada do Independente: os lançamentos do Gian.
O treinador do Paysandu, Sérgio Cosme, não conseguiu ainda imprimir na equipe o sentido coletivo de jogar futebol: recuar quando não tem a bola; marcação forte quando atacado e contra-atacar em velocidade. Talvez, ele nem saiba o significado disso.
Futebol é ciência e como tal exigi inteligência, criatividade e refinamento com a bola nos pés.
Observando bem o time do Paysandu, ontem, não vi consciência tática em nenhum dos três setores; hoje, no time do Papão não vejo um jogador que se destaque no espaço de uma intermediária à outra, e foi nesse quadrado que vi um atleta ser rei em Belém: Luizinho das Arábias (87 e 88 no Papão e 89 no Remo, quando o encontraram morto em seu apartamento).
Outro que vi jogar e que nesta faixa de campo quem mandava era ele: Gerson, o canhotinha, que hoje é comentarista esportivo de rádio; Afonsinho, que no início da década de 70 jogou no Santos(eu vi jogar em Manaus contra o Nacional na inauguração do “Vivaldo Lima”) brilhou com lançamentos que chegavam com perfeição aos atacantes.
Penso que é neste espaço do campo – na intermediária - que se engendram as manobras (ou estratégias) para se chegar ao gol adversário. Desde que se tenha jogador com poder de antever o lance. E esse tipo de profissional não temos no futebol paraense.
“Em qualquer time de futebol a qualidade dos jogadores é muito mais importante do que o técnico e o esquema tático”.
Diante do enfoque polêmico da postagem de ontem em que este blogueiro passatempo indagava qual o setor de um time de futebol que requer mais inteligência, penso que é na intermediária, embora respeite as opiniões dos blogonautas.
PÊNALTI
O árbitro do jogo Independente 3 x 3 Paysandu, Joelson Nazareno Ferreira Cardoso, foi firme ao marca o pênalti de Wânderson sobre Joãozinho.
O volante bicolor teve intenção e gesto concreto ao levar as mãos na costa do atacante do Independente. Se Joãozinho valorizou é uma coisa, a outra é a execução do fato. E este houve.
O que me causa espécie é que o volante bicolor, puto velho, não sabe e nem vê como jogam os volantes e os zagueiros na Europa: quando em combate dentro da área eles jogam com os braços para trás. Tem sentido.
É o que há!
quinta-feira, 10 de março de 2011
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