terça-feira, 22 de março de 2011

SÉRGIO COSME, O TERGIVERSADOR


Sérgio Cosme é um cidadão educado, equilibrado, bom papo, amigo dos seus amigos(dizem) e dos seus jogadores, disciplinado e pensa em grupo; não impõe seus pensamentos; tem por princípio, primeiro escutar.

O técnico ou treinador, que dirigi um grupo de pessoas estratificadas culturalmente, como é um elenco de futebol, não basta só conhecer táticas, estratégias futebolísticas, tem que ser pensador. Sábio. Sensato e decidido.

Diante das inquietações, o sábio primeiro pensa; segundo, duvida; terceiro, critica, e quarto, decide. É o momento da execução do plano.

À noite de ontem ouvi o treinador do Paysandu dizer na TV LIBERAL que a inspiração para armar o time bicolor para o confronto com o Cametá lhe ocorreu da bela paisagem que viu de dentro das três balsas que transportou a delegação alvi-celeste até a cidade do baixo Tocantins. Tudo bem! A credito que a natureza nos inspira a momentos reflexivos. Isso se chama leitura de o mundo que o cerca. Quantas letras de músicas e poesias foram engendradas com os autores curtindo a natureza?

Aliás, Djavan uma das fertilidades cerebrais do nosso cancioneiro popular, criou um verso ao ver um rio desaguar no oceano: “Você deságua em mim/ E eu oceano”. A geografia se transforma em poesia pura: a gostosinha é um rio e ele um oceano.

Volto, pois, às reflexões de Cosme ao ver a exuberante natureza amazônica. Não é nada disso, não. O que existe é que o treinador do Paysandu é um profissional que adora saí do foco daquilo que lhe perguntam; ele é mestre em tergiversar e acaba não dizendo o que o repórter quer saber. É preciso ser insistente com ele, quando quer se tirar algo sobre o seu time. Ele é do tipo que responde, indagando. É uma estratégia adotada por Jesus Cristo para calar seus inquisidores.

Citarei dois exemplos bíblicos: “Cadê a moeda? Dê a César o que é de César!”; “Quem nunca pecou que atire a primeira pedra?” E por aí vai...

Este blogueiro passatempo ainda não viu no time do Paysandu esquema que pudesse definir a marca Sergio Cosme. Não tem. O que sei é que o treinador bicolor, nos intervalos dos jogos, não chega chutando o balde depois de um fracasso. Ele senta e pergunta: “O que devemos fazer prá concertar rapaziada?”

Aí os mais experientes como Sandro Goiano, Zé Augusto, Alexi Oliveira, Wânderson falam,dando suas opiniões e dizem o que fazer prá melhorar na segunda etapa. E disso os jogadores gostam. Escuta, também, seu auxiliar técnico, Maurício Matos. Ouve e decide!

É por isso que ele tem o time bicolor na palma da mão, e as “feras” ficam sentadinhas no banco sem mugir e tugir. Os grandes homens da história da humanidade foram tergiversadores e transgressores da ordem natural das coisas e acabaram se dando bem.

É o estilo Sérgio Cosme. Parabéns!
É o que há!

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