quinta-feira, 21 de julho de 2011

NÃO HÁ SERIEDADE NOS CLUBES


Começo a entrevista com o vice-presidente da Federação Paraense de Futebol, José Ângelo Miranda, indagando se há seriedade no futebol profissional do Pará.

-Zé, quando o Nunes me convidou prá ser um dos vices disse a ele que iria,mas desejava dá transparência às atitudes da Federação, e ele aceitou. Conversei com funcionários e disse a todos o que queria e me apoiaram; Na arbitragem a mesma coisa e deleguei poderes ao Guilhermino que está correspondendo,disse Zé Ângelo, afirmando, ainda, que chamou os dirigentes dos clubes e conversou com todos sobre confecção e venda de ingressos.

Zé Ângelo disse que não há interesse dos clubes em moralizar o fluxo de entrada de torcedores nos campos da Curuzu, Baenão e Mangueirão. “É só recontar os canhotos que são colocados nas urnas, e no Mangueirão dei a ideia de se colocar câmeras das 12 às 18h nos portões de acesso quando dos jogos, mas não há interesse dos clubes”, afirmou o vice-presidente.

Desde que chegou a FPF, as contas da entidade são publicadas em Diário Oficial do Estado e auditadas por contadores independentes contratados pela federação e os 25 funcionários da entidade têm seus direitos garantidos conforme lei trabalhista do país e que os que vão aos estádios trabalhar na confecção do borderô são remunerados pela Federação.E não pelos clubes como era até bem pouco tempo.

-Já conversei com o presidente Nunes e mostrei a ele a necessidade da contratação de um executivo para estar na FPF nos dois expedientes. E nós já estamos procurando este profissional, e assim será na comissão de arbitragem: vamos remunerar quem comanda o departamento e os assessores.

Anualmente a CBF faz avaliação dos árbitros brasileiros e este ano o apito paraense ficou em segundo lugar em todo o Brasil nos testes físicos e teóricos, perdendo para o do Rio Grande do Sul. E ontem Guilhermino ficou sabendo que o Pará tem mais dois apitadores no quadro nacional - Joelson Nazareno e Joelson Silva.

O departamento de árbitro hoje está moralizado, e novos equipamentos (rádios comunicadores) estão sendo adquiridos: hoje, só tem um, mas, mais 3 foram comprados.São equipamentos essenciais à comunicação entre o árbitro e os assistentes.
O campeonato de 2012 já está sendo negociado com uma agência que venderá placas - propagandas estáticas - nos campos de futebol. O dinheiro será dividido entre federação e clubes.

Ao final da reportagem, Zé Ângelo confessou que foi ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) saber dos auditores daquele órgão se o dinheiro que CR e PSC recebem da FUNTELPA poderia ser repassado 35% para as divisões de base, e que este blogueiro o criticou asperamente. “Fui, sim, porque é dinheiro do contribuinte, mas me disseram lá que a FUNTELPA compra produtos de Remo e Paysandu e ninguém tem o direito de meter o bedelho no que eles fazem do dinheiro, mas continuo com a minha opinião de que os clubes deveriam aplicar parte deste dinheiro nas divisões de base”.

Então, eu tinha razão em dizer no BOLA NA ÁREA que você não deveria imiscuir-se no dinheiro que não é seu? Indaguei.

-Você tem, sim, mas eu tenho o direito de continuar com a minha ideia.

No dia 15 de janeiro de 2015 Zé Ângelo Miranda passa o bastão a outro e se dedicará a tocar sua vida como dono de um pequeno escritório de venda e representação.

Ao final da reportagem, ele chama minha atenção para uma reflexão: o time do Paysandu custa R$ 420 mil(ou mais) e o clube arrecada de propaganda R$ R$ 240 mil/mês.
É o que há!
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p.s.: Esta matéria está sonorizada e será exibida sábado(10 às 12h) e domingo(19 às 21h) no programa BOLA NA ÁREA, da Rádio Liberal-AM.

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