segunda-feira, 18 de julho de 2011

O CÉREBRO HUMANO E O FUTEBOL


DEPOIS de JOGO SUJO, estou seduzido pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis: MUITO ALÉM DO NOSSO EU (Companhia das Letras).

Adoro ler. Sou leitor compulsivo. Antes de dormir, leio. Minha maior riqueza material são os meus 400 volumes que estão expostos nas minhas estantes da sala da minha humilde e despojada casinha. A minha cama não tem espaldar, tem estante. Leio o que me dá prazer.

O que me chamou atenção na obra de Nicolelis foi o título porque se “a alma humana é tão misteriosa que tudo é possível”, imagine o cérebro - máquina fantástica, estudada e analisada pelo consagrado, premiado e internacionalmente conhecido neurocientista brasileiro, que dirigi o laboratório da Universidade de Duke nos Estados Unidos. Brasileiro prá lecionar na terra do Tio San tem que ser "fera".

No livro, “ele explica como a tão sonhada conexão entre cérebro e máquina está prestes a se tornar realidade”. É uma leitura prazerosa.

Na página 428 está o capítulo COMPUTANDO COM UM CÉREBRO RELATIVÍSTICO, onde ele foi buscar no quarto gol da seleção canarinho contra a Itália, na Copa de 70, no México, a interatividade de oito (8) jogadores brasileiros, em 30’, para definir interação dos neurônios e dos circuitos cerebrais, que resultou numa das belezas plásticas mais bem trabalhada do mundo da bola. E eles não combinaram nada: Tostão, Piazza, Gerson, Clodoaldo, Rivelino, Jairzinho, Pelé e Carlos Alberto (foi tostão, que estava á frente de Pelé, quem avisou que o Carlos Alberto chegava pelo lado, num espaço sem marcador - Tostão estava marcado). Resultado: GOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLL!!!

“Trinta segundos de passes sem interrupção. Oito jogadores tocando na bola e nenhum deles tendo a menor ideia de qual poderia ser o resultado fina,l de sua interação com os outros companheiros de time. Aquela sequência inesquecível de movimentos corporais, e o placar final de 4 x 1 que ela decretou, demonstra o poder incalculável dos comportamentos emergentes de um sistema dinâmico complexo. Não importa quão capacitados e inteligentes fossem aqueles jogadores individualmente, a jogada que eles engendraram juntos jamais poderia ter sido predita ou planejada a a priori - na realidade, essa jogada simplesmente emergiu da atividade motora voluntária combinada de todos, em centenas de milissegundos, muito antes de se transformar em um pensamento consciente.”

Qual técnico de futebol tenta explicar tal interação? Eles treinaram para executar?
Igual ao autor, a obra é cerebral e num dos capítulos mostra “O monstro que vive escondido no cérebro”.

Estou me esforçando para fazer levantamento sobre as maldades de um “monstro” que há no rádio esportivo paraense. O mesmo que quando “monstrinho” ia ao escritório do engenheiro Antônio Couceiro buscar instrumentos de acessibilidade ao pai, e recentemente disse que “Antônio Couceiro está morto nas paradas”. Os monstros vivem prá fazer maldade. Além de híbridos são desmemoriados.É o mesmo que quiz me matar porque discordei dele, mas o abracei e perdoei.
É o que há!

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