quinta-feira, 14 de julho de 2011

ZÉ ÂNGELO, O MENTOR DAS MUDANÇAS


Quando chegou à FPF como um dos vices do presidente Nunes, José Ângelo Miranda sabia que dois departamentos eram a "caixa de pandora" da entidade: arbitragem e departamento financeiro.

No apito e na tesouraria as denúncias sistemáticas do repórter José Maria Trindade, no programa BOLA NA ÁREA, da Rádio Liberal, sobre os árbitros vendilhões e na tesouraria da Federação as ações nefandas das “ratazanas” Guilherme Salze, Iva e um tal de Edmilson, motorista da entidade, responsável pelo leva e traz dos ingressos dos jogos de futebol em Belém do Pará.

Num dia, na Estação das Docas, tive uma conversa com o Zé Ângelo e disse a ele tudo que sabia e que tinha convicção daquilo que eu denunciava no rádio. Por causa disso fui ameaçado de porrada por árbitros e um pau-mandado dentro da “Pororoca”. Não calei.

O Nunes nunca me contestou porque ele sabia (e sabe) o que se passava nos bastidores da entidade comandada por ele. Na FPF, Nunes era um Lula, que nunca viu (ou sabia) nada praticado pelos seus aliados. Os três - Salzer, Iva e Edmilson - simples funcionários da FPF eram os únicos a mudarem de carro todo ano.

Será que os rendimentos desses humildes funcionários da FPF são compatíveis com seus patrimônios? Salzer, Iva e Edmilson resistiriam a um “Big Brother” da Receita Federal?

Mostrei ao Zé aonde ele deveria colocar o dedo no suspiro. E colocou.

Antônio Carlos Nunes de Lima chama José Ângelo e disse: “Tome conta da tesouraria e da arbitragem”. Era o que ele queria.

Primeira medida: os ingressos deixam de ser responsabilidade da FPF e são dos clubes. Um parêntese: os jogos no interior são gerenciados pela FPF. E é aí que as “ratazanas” ainda se dão bem.

Na Comissão de Arbitragem, Zé conversa com José Guilhermino de Abreu que sabe quem é quem no apito paraense. Ângelo pede um projeto de mudanças e o “Gui” não titubeia.

O projeto consistia na mudança de postura dos apitadores e para isso ele precisava ter carta branca para atuar, e teve irrestrita solidariedade do vice-presidente.

Sem alarde, sem acusar, Guilhermino conversou com os três apitadores de maior prestigio no apito paraense: Domingos de Jesus Viana, Kleber Ribas e João Pedro Duarte Ferreira. Os 3 pertencentes ao quadro nacional da CBF. Não tugiram e nem mugiram.Pegasram o beco, como se diz na linguagem popular.

Com apoio de Zé Ângelo e Paulo Romano, José Guilhermino reunia semanalmente com os árbitros e mostrava a necessidade de estudarem e de se livrarem das “amizades” com cartolas de futebol, se é que existia.

Hoje, o apito paraense está renovado de ser e de caráter com Dewson Fernandes, Andrei Silva, Joelson Nazareno (o melhor do campeonato deste ano), Clauber José Miranda, José Ricardo, Diogenes Menezes, Joelson Silva dos Santos, Marcelo Silva Santos, Joel Alberto Rezende Teixeira, Marcelo Gladson, José Ricardo Guimarães Coimbra, Diogenes Menezes Serra e Eronildo Sebastião Ferreira da Silva e outros que buscam espaço na arbitragem paraense.

Tenho tentando puxar a língua dos cartolas e de seus assessores, mas um representante de clube junto a FPF me disse: "Esta f..., Zeca. Eles não querem acordo." Acabou. Hoje nos corredores da FPF e no bar do "traíras" não tem mais espaço para àqueles que viviam de conchavos e de acertos.

Hoje os dirigentes dos clubes não dizem que deram pneu de carro, tênis, teclado, carro para beltrano e sicrano como eu vi e ouvi numa noite no Boteco das Onze Janelas o ex-presidente do Águia (hoje deputado estadual), João Salame, abrir a boca e dizer que “tem safado no apito do Pará, Zeca”. E citou nomes que prá não ferir suscetibilidades e eu não ter que bater ponto na justiça prefiro colocá-los numa pasta do meu “HD”.
É o que há!

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