Penso que os assessores de imprensa que já passaram por CR e PSC não se respeitam. Primeiro, pensam no glamour de assessorar, jornalisticamente, as duas maiores expressõs do futebol porfissional da região Amazônica. É uma glória! Segundo- e penso que é aqui está o problema -, eles não exigem uma sala exclusiva da assessoria. Eles ficam a bater perna prá cima e prá baixo na concentração e no campo de futebol. tem sido assim.
Conheço Michelle Muniz. Tem postura, afeiçoada, educada, atenciosa é competente e aplicada confreira, mas lhe faltou - penso eu - sensiblidade prá perceber que a concentração do CR não é o seu lugar para desenvolver o seu metiê.
A maioria dos jogadores de futebol é incivilizada e não teve formação na primeira escola socializadora da humanidade - a família.Fica dificil, minha querida Michelle, e você sabe do que estou falando.
Prá não ferir suscetibilidades, prefiro a reserva a citar nomes, um dos maiores escãndalos que eu já vi em concentração de clube, em Belém, aconteceu porque o dirigente cometeu a asneira de levar sua esposa - psicóloga - prá dentro da concentração de um clube. Roubaram o "porco"!
Quarta-feira, à tarde, Michelle entrou na sala da diretoria de futebol do CR onde estavam reunidos Cabeça, Hamilton, Minowa, Albany e Osvaldo Campos, e os dirigentes não gostaram da forma exacerbada como a jornalista se dirigiu aos presentes e foi convidada a deixar a sala pelo Pedro Minowa.
Houve altercação e foi preciso a intervenção do Hamilton Gualberto.
AS EXPLICAÇÕES DE MICHELLE MUNIZ
Prezados colegas da imprensa esportiva, venho por meio deste relatar os acontecimentos que levaram ao impasse entre parte das pessoas que são responsáveis pelo futebol profissional do Clube do Remo e a assessoria de comunicação deste, esclarecendo os fatos já noticiados.
Fui convidada a assumir a assessoria de comunicação do Clube do Remo pelo presidente Sérgio Cabeça, que me pediu que apresentasse um projeto para que a relação com a imprensa e as ações internas fossem melhor organizadas;
E assim iniciamos o trabalho, chamei para trabalhar comigo a jornalista Aline Saavedra, que trabalhou como estagiária minha na época em que coordenei a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, nas gestões de Jorge Panzera e Leandro Shilipake, além do estudante de comunicação Felipe Saraiva, que somou-se ao trabalho durante o início de seu percurso já em processo;
Assumimos a assessoria de comunicação sem memória física das ações desenvolvidas pelo Clube, sem um arquivo de imagens ou mesmo clippings organizados, muito menos equipamentos e infra-estrutura para o desenvolvimento de um trabalho regular;
Nossa primeira ação foi criar uma rotina na relação com a imprensa, tentando profissionalizar o contato do Clube com a mesma através de um centro de difusão da informação, que é seria ASCOM, criamos o RESUMO DIÁRIO DE NOTÍCIAS que traz todas as novidades sobre todas as áreas do Remo. Esta iniciativa foi exitosa e, até agora, bastante elogiada pela grande maioria da crônica esportiva.
Desde o início de nossa entrada no futebol profissional foi muito difícil; o fato de ser mulher a pessoa central no trato com imprensa, sem sombra de dúvida, trouxe estranhamento por parte da diretoria, que ainda não sabe lidar com o novo papel que nós ocupamos em todos os setores, inclusive no futebol. Portanto, desde o início, fomos tratadas como ignorantes, como incapazes. Nosso primeiro contato com os responsáveis pelo futebol, foi dentro destas características, uma reunião em que só falaram, nos explicando os fundamentos da imprensa esportiva.
Fomos humildes e seguimos, sabíamos que não seria simples. Mas as dificuldades continuaram, uma atrás das outras: insinuações de que estaríamos ali com interesse nas relações que poderiamos ter com os jogadores; piadas e ironias sobre nosso suposto desconhecimento sobre o futebol; auto afirmações seguidas sobre a grande capacidade de alguns diretores iluminados em questões futebolísticas, entre outras pérolas chauvinistas; não fomos contratadas para sermos PVC , mas para profissionalizar a comunicação do Remo, e para isso temos certeza de nossa eficiência.
Mesmo assim continuamos tentando, mas começaram as maiores agressões: por mais de uma vez, quando falávamos com as pessoas responsáveis pelo futebol profissional, as pessoas não viravam-se para falar, quando muito respondiam; consideravam suas as atribuições, na frente da crônica fomos desautorizadas e hostilizadas; iniciaram a comentar sobre a nossa vida privada; às últimas foram afirmações sobre como minha boa aparência atraia olhares mal intencionados e da dificuldade dos homens em conviver com tamanha tentação, verdadeiro desrespeito, não só a mim, mas a todas as mulheres que lutam para serem vistas como profissionais e não como objeto de desejo de hipócritas machistas; além disso, por mais de uma vez fomos os últimos a saber de notícias, algumas relevantes, pela disputa entre aqueles que querem aparecer primeiro com a informação junto à imprensa, na minha opinião uma atitude infantil.
Por duas vezes procurei a presidência reclamando dos fatos e dizer não ter ânimo para continuar, inclusive abrindo mão dos direitos contratuais firmados entre mim e o Clube, recebendo a recusa do mesmo sobre o pedido, reiterando a confiança que depositava em nosso trabalho. Conversei com meu marido sobre os acontecimentos e disse ser a favor de que persistisse, que não me deixasse abater, apesar do claro desconforto que tais situações lhe causaram. A minha decisão era influência para o restante da equipe continuar, sobretudo pela relação de confiança comigo, pois a insatisfação dos dois já estava no limite.
Não vou citar nomes, meu objetivo não é criminalizar ninguém, apesar de alguns merecerem, viso com isto atingir um nó, um gargalo do pleno desenvolvimento da socidade humana, que é a conquista da igualdade de direitos e obrigações, quando as pessoas estão prestando atenção, ou não. Acabar com a covardia dos pequenos grupos sociais que ainda sentem-se capazes de profeirir preconceitos arcaicos protegidos pela hipocrisia que alguns idiotas ainda honram-se em chafurdar.
Desta forma termino, afirmando que saí do Remo mais remista que entrei, que respeito e confio no presidente Sérgio Cabeça, mas acho que sua atitude neste episódio deve ser exemplar, comprando este debate, que sabemos não ser fácil, mas fundamental para que fiquem claras sobre quais bases morais e ideológicas o clube com a maior torcida do norte e nordeste de nosso país está erguendo sua história.
Obrigada a todos pela atenção!
Michelle Muniz
Jornalista-DRT/26276-RJ
91-82795065-91921992
msn:michelle.muniz@hotmail.com
www.michelle-muniz.blogspot.com
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
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Qualquer tentativa de profissionalização do futebol Paraense parece ser em vão, mesmo o futebol Brasileiro como um todo ainda carece de uma boa estruturação, os clubes ( ao menos os ditos "Grandes") na verdade estão surfando no Bom momento vivido pelo Brasil ( Pré-Sal, Copa, Olimpíadas, Crise na Europa, etc...), mas não sei o que será na época das vacas Magras.
ResponderExcluirAqui no Pará parece que é pior, não só no Futebol, qualquer profissional aqui ( salvo raras exceções ) sofre para implantar um padrão técnico seguindo uma qualidade em nível mundial. São os Políticos? Não! São as próprias pessoas que são muito acomodadas!
Eu vim das camadas menos privilegiadas da sociedade, e sei o quanto é difícil de lhe dar com "peão"
Acho que o que o ZMT falou resume toda a situação:
"A maioria dos jogadores de futebol é incivilizada e não teve formação na primeira escola socializadora da humanidade - a família.Fica dificil, minha querida Michelle, e você sabe do que estou falando."
Caro ZMT,
ResponderExcluirAcho que os valores aqui estão sendo invertidos. Estamos falando de uma profissional de jornalismo, que na tentativa de desenvolver um trabalho de qualidade à frente da Assessoria de Imprensa do Clube (para o qual foi contratada), vinha sofrendo com o assédio moral e o constrangimento. Um caso grave que deveria ser combatido e repudiado por todos nós - profissionais da área.
Que história é essa se que os jornalistas devem exigir "uma sala exclusiva da assessoria". Que tenha, mas qual o problema do jornalista circular "prá cima e prá baixo na concentração e no campo de futebol", onde a imprensa setorizada fica para conversar com os atletas e diretores?
De quem é a falta de habilidade?
O que falta é maturidade para alguns diretores do clube, que por não conseguirem lidar com o profissionalismo de uma jornalista diplomada, realizando um bom serviço no comando da Assessoria do Clube, preferiram denegrir sua imagem e hostilizá-la.
Esse situação não ficará sem resposta. A imprensa paraense e o Sindicatos dos Jornalistas do Estado do Pará saberão cobrar dos diretores do Clube do Remo o devido respeito que merecem.
Sheila Faro - Presidente do SINJOR-PA.
É muito gozado isto, quando o Lucio Flavio Pinto foi agredido, não vi nenhuma monção do Sinjor sobre esta barbaridade. Dois pesos e duas medidas! Será que ele está errado por nos dá a oportunidade de sabermos o que se passa com esta gente indinheirada?
ResponderExcluirMEU APOIO A ESSA PROFISSIONAL QUE EU NÃO CONHECIA, MOSTRA SER UMA VALOROSA MULHER E PROFISSIONAL, SOU TORCEDOR DO CLUBE DO REMO E NESSE CASO OBSERVAMOS O QUANTO O FUTEBOL DO PARÁ ESTÁ LONGE DE SER ADMINISTRADO COMO EMPRESA TENDO COMO BASE O PROFISSIONALISMO É TUDO MUITO AMADOR, MESQUINHO E CHEIO DE FOFOQUINHAS, O REPÓRTE FOI MUITO FELIZ AO DIZER QUE: a maioria dos jogadores de futebol é incivilizada e não teve formação na primeira escola socializadora da humanidade - a família". SÓ ACRESCENTARIA ZÉ ALGUNS DIRIGENTES INCIVILIZADOS TAMBÉM. MOSTRA TAMBÉM O QUANTO A MULHER CONTINUA SENDO VULGARIZADA POR MENTES DOENTIAS E ARCAICAS QUE AS TÊM COMO MERO OBJETO E A MÍDIA CONTRIBUI MUITO PARA DISSEMINAÇÃO DE TAIS IDEIAS E CULTURA TAMBÉM, INFEIZMENTE AS MULHERES DA MÍDIA QUE MAIS GANHAM DESTAQUE SÃO AS QUE TEM "BUNDÃO" QUE FAZ A MACHARADA CABEÇA ÔCA ACHAR QUE TODAS SÃO ASSIM SEM VALOR ISSO EM PLENO SEC XXI. VOCÊ MICHELLE NÃO MERECE ISSO VOCÊ ESTÁ CORRETA AO PEDIR PARA SAIR DE UM AMBIENTE DESSE "PODRE" QUE É MEU QUERIDO CLUBE DO REMO É MUITO TRISTE VÊ PESSOAS CERTAS EM LUGARES ERRADOS. RECEBA MEU APOIO E CARINHO E DESEJO FELICIDADES A VOCÊ E SUA FAMÍLIA!! P.S AGORA VAI UMA CRÍTICA AO REPÓRTE ZÉ MARIA QUE CHAMA AS MULHERES QUE ELE CONSOME EM SUAS AVENTURAS SEXUAIS NAS CASAS DE PROSTITUIÇÃO DE "PORQUINHAS" ESTÁ AÍ TAMBÉM UMA DISFARÇADA E BEM HUMORADA FORMA DE REBAIXAR A MULHER!! ESSA É UMA PEQUENA CRÍTICA, MAS RECONHEÇO QUE O REPÓRTE É UM BOM PROFISSIONAL E QUE ASSUMIU TODOS FILHOS QUE AJUDOU A COLOCAR NESSE MUNDO. UM FORTE ABRAÇO!!
ResponderExcluirprimeiro problema dela deve ter sido enfrentar os setoristas, que se sentem o dono da area.
ResponderExcluirAgora como jornalista ela nao explica direitinho como tudo aconteceu.
Quanto a Sheila Faro - Presidente do SINJOR-PA, gostaria que tu nos mantivesse informados das tais providencias....
ResponderExcluirNao acredito que vcs do SINJOR leve isso para fente.
Olá Haroldo,
ResponderExcluirAs missões do Sinjor são cumpridas independentemente de acreditarem ou não que elas serão executadas.
Quanto a mantê-lo informado basta que vc acesse o site, o twitter ou o facebook do Sindicato para saber o que está sendo feito e o que será feito nesse e outros casos. Mas se vc preferir, como jornalista estás convidado a participar das assembleias do Sindicato. Terei o maior prazer em recebe-lo. Faça-nos uma visita. Indo lá, participando das nossas atividades vc tb fica por dentro de tudo o que está acontecendo.
Só corroborando com o comentário do Pedro do Fusca, realmente eu também não ví nenhum manifesto do sinjor quando da agressão ao jornalista Lúcio Flávio Pinto a mando do sr. ronaldo maiorana. Será que pq alguns "cabeças" desse sindicato na época eram também do grupo orm?
ResponderExcluirFica a pergunta a quem puder responder.
Álvaro Grego Junior
Ananindeua - Pará
algregojr@yahoo.com.br