domingo, 6 de novembro de 2011

PULO DO GATO


A PRAGA DO FONE
Belém do Pará é uma cidade que apresenta algumas peculiaridades que diferem do resto do Brasil. “Sui generis”, diria.
O nosso cachorro quente (não existe igual no mundo), o modo de beber cerveja envasilhada em saco plástico e chupando pelo canudinho; na linguagem, os verbetes “égua”, “paidégua”, “cara de égua”, “filho de uma égua” são comuns nas nossas bocas.
E no rádio esportivo surgiu à praga de se colocar fone nos ouvidos dos treinadores, após os jogos, e os comentaristas formulam as perguntas com os repórteres ficando com caras de éguas, segurando o microfone. Sinceramente, sou repórter, mas nunca me prestei para este tipo de comportamento. Penso que o comentarista pensa que o repórter não sabe perguntar. E às vezes o comentarista não sabe fazer leitura de partida de futebol. Mas, é o comentarista!
No jogo amistoso Remo 3 x 0 Tuna, no Baenão, na hora das entrevistas, na sala de imprensa, treinador Sinomar Naves chega e diz “nada de fone no ouvido”; Carlos Magno, da Rádio Marajoara, é o primeiro a entrevistá-lo; Nelson Torres, da Liberal, e por último, Mauro Borges, da Clube. Aí o “Osso”, malandramente, pegou o seu rádio e colou no ouvido direito do treinador remista e haja perguntas lá da cabine.
Ao final, Carlos Magno pediu ao treinador que o tratamento que deu à Radio Clube desse às demais emissoras. Discutiram asperamente.
Carlos Magno comunicou à coordenação de esportes da Marajoara e ao vice-presidente de futebol do CR, Hamilton Gualberto. Não sabe o que aconteceu lá por dentro da concentração azulina.
Passado alguns dias, Sinomar Naves bota a cara na porta da sala de imprensa e diz: “Os meus problemas eu resolvo!”. Magno vestiu a carapuça e diz: “Entra aqui!”
“Sinomar, não tolero indireta. Tu queres saber de uma coisa: Tu és treinador de Independente e time pequeno. Aqui é Remo!” Disse o repórter no frontispício do treinador remista, que não gostou e altercou azedamente. A turma do deixa prá lá interveio e os ânimos se acalmaram.
Aos colegas repórteres de rádio dou uma dica: ouçam os comentaristas durante o jogo e pincem suas perguntas do que eles falam durante a partida. Se o comentarista fez uma crítica “apimentada” com relação ao esquema tático ou mudança de jogador, diga “segundo o técnico”. É fácil. Usem a cabeça animal! O bom jornalismo não permite que se segure microfone para os outros perguntarem. No mínimo, coloque na sua boca, quando necessário, uma pergunta do comentarista. Respeitem-se! Quem não se respeita não se ama! Quem ouve, pensa que o repórter não sabe perguntar. É ridículo! Só no rádio esportivo belenense.
Givanildo Oliveira e outros treinadores de bagagem, que passaram por Belém, não aceitaram “alugação” dos seus ouvidos.

CONDIÇÃO HUMANA
Guarani Jr antes de ser o diretor de marketing das ORM, foi repórter esportivo e diretor da Rádio Liberal.
Na semana passada, no seu tuíter, revelou que quando repórter desmaiou no Mangueirão, num RE-PA, prá “aparecer” na mídia. E conseguiu.
Zezé Di Camargo e Luciano na semana passada “armaram” uma briga antes dum show em Curitiba, e rende até hoje. Só dá os dois irmãos na Globo e nas revistas.
Em Belém, o monstro de ouro do rádio esportivo (àquele que saiu da Record por assédio sexual), entrevistou o Sandro Goiano e este disse na lata do híbrido: “Você foi uma pessoa que me fez muito mal aqui em Belém, inventando coisas também, e chegou o momento que veio me pedir desculpas e disse que precisava crescer na mídia”.
Ele é capaz de pisar no pescoço da velha mãe prá conseguir aparecer. Escreve de graça em jornais e site. É preciso ter cuidado - e muito cuidado - com este tipo de gente.

FIFIS
“A Curuzu está infestada de fuxiqueiros. É muito disse me disse!” (Presidente Luís Omar do Paysandu em entrevista aos setoristas do clube)

“ISPICIÁ”
Na cara dos poucos policiais que foram ao “Francisco Vasquez” ontem para garantirem a segurança do jogo Ananindeua 2 x 1 Castanhal, um ambulante lavava a burra: vendia latinha de cerveja a R$ 3.00.
A primeira caixa de isopor foi só um tapa! Veio à segunda, não deu prá quem quis! A terceira, vapti-vupti! Ao final do jogo, dizia: “Vou prá Maria Boa!”

BORDÕES
Sinto-me igual pinto no farelo com este blogue, que começou passatempo e agora é apostolado. São mais de 600 acessos diários. E quando a matéria é opinativa chega as 700 visitas. Busco os mil acessos e vou conseguir porque meu Deus é rico, poderoso e festeiro. É o Deus de Abraão, Isaque, Jacó, de Salomão, de Jó, de Daniel, de Davi, de José, Moisés e Josué. Ô gloria!
Ontem, no estádio da Tuna, perguntaram-me aonde eu fui buscar “Tudão e Tudinho”. E eu respondi: “Pensando!”
Sexta-feira, 18h, deixo a rádio Marajoara rumo a minha casinha; rádio do carro ligado na Marajoara,mas quando entro na “Senador Lemos” não há recepção e sintonizo 690kwz - Rádio Clube do Pará.
Surpresa: em dado o momento o “Tânia Pimbinha”, que apresentava o programa, diz: “Tá Tudão e Tudinho aí na Tuna?”
Os motoristas que passavam por mim pensavam que eu era doido: sorria sozinho dentro do meu carro. É legal você saber que o cara não gosta de você, processa-te, mas fala os seus bordões. Obrigado, Tânia Pimbinha!
Entendo: se alguém anunciar meu nome na Rádio Clube, está na rua. Há um interdito proibitório na emissora com relação ao meu nome.
Os bordões que criei no rádio belenense: “Sentindo o cheiro da perpétua”, “Canhão” (Microfone canhão), “Teitei”, “Pira Paz, Não Quero Mais”, “Homem endinheirado é outro homem”, “Porquinha”, “A casa é farta e o milho é gordo”, “Cuísta”, “Tudão e Tudinho”, “Rasga mãe” (prá quem tem a cabeça descomunal), “É o que há!” (Em 1980, quando terminava minhas reportagens na Rádio Guajará, dizia: “É o que há!”), “Mememe”, “Uma nhanha”
Hoje, no rádio esportivo paraense tem um bordão que me dá prazer em ouvir: “A marreta vai voar do cabo” (Carlos Gaia, a revelação da narração esportiva no Pará).
Seria bom que os colegas criassem seus bordões, que, com certeza, o rádio seria mais alegre e menos sisudo.
Os que não criam nada copiam e não dão crédito. Ignorância ou antropofagia cabocla?

LÍDER NATO
Hoje faz bodas de prata à frente de uma equipe de futebol o técnico escocês Alex Ferguson.Ele assumiu o Manchester United no dia 6 de novembro de 1986. De lá prá cá muita coisa mudou no futebol e o clube inglês não mudou de técnico. 25 anos de liderança e de conquistas: 27 títulos.
Há quem diga que o português José Mourinho é o melhor do mundo, mas está difícil de alcançar a marca do confrade indglês.

LIVRO
O iluminado Rui Sales me emprestou BERNARDINHO TRANSFORMANDO SUOR EM OURO.
Aconselho o presidente do Paysandu Luís Omar a ler a obra.
“Nunca esquecer que a vaidade é inimiga do espírito de equipe”
“Não prometer o que não pode ou não pretende cumprir”
“O líder deve ser um facilitador de bons desempenhos, mas não deve buscar a popularidade”.
“Todos os dias, ao levantar, piso na minha vaidade para que ela não me desvie do meu caminho”.
Égua!
É o que há!

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