segunda-feira, 28 de novembro de 2011
SEM GRAÇA...
Perdoem-me pela heresia que vou escrever: depois dos 40 a vida fica sem graça. É o que penso, francamente, aos 61 anos de idade.
Sei que ao ler este texto os puritanos vão querer que eu morra logo. Perdão. Mas, eu sou um velho puto, porque o que eu fazia, biologicamente, psicologicamente e fisicamente, aos 20, 30 e poucos, agora não faço mais. E não me dopo prá fazer algo que o homem(Homem com H)gosta de fazer - o amor.
É por isso que no primeiro parágrafo afirmei que a vida fica sem graça: uns tratam a gente com respeito, outros com pena e uns não dão nem bola - é velho, que se foda! Observe o que os motoristas dos coletivos fazem com os sexagenários que estão nas paradas da Almirante Barroso? Eles não param quando os velhinhos estão sozinhos. Os idosos têm que se valer dos jovens. Estes fazem sinal e o velho sobe nos ônibus. É cruel!
Ontem, 9h, no portão que dá acesso ao estádio da Tuna Luso Brasileira, a velharada que adora ir ao estádio de futebol dá “carteirada” foi barrada porque o limite de 5% das gratuidades já havia se esgotado e quem não chegou cedo teve que pagar R$ 10.00. A FPF colocou a venda 2 mil ingressos, portanto, 100 idosos usufruíram da lei.
O triste é que os engraçadinhos gritavam: “Tem que pagar! Na Casa da Seresta tu pagas 20 paus prá entrar e 15 num balde com 4 latinhas. E lá a lei não vale. Se tu apresentares a carteira pegas pé na bunda!” Chiando eles pagaram e entraram prá ver a Tuna meter 3 x 1 no Castanhal e se classificar à elite do nosso futebol.
Eu não sou contra a lei; sou visceralmente contrario os clubes bancarem essas gratuidades, porque é caro fazer futebol. Quem tem que bancar o divertimento do velho necessitado é o poder público e não os clubes.
Na esquina da arquibancada que dá prá sede tunante, onde a bolerada se reúne prá resenhar, chupar laranja e comer o “gatinho, os amantes da “gelada” pagavam R$ 5.00 numa latinha.
Na periferia, nos bailes da saudade, que acontecem todo final de semana,o velho chega com sua "gostosinha", mete-se na fila, paga R$ 30.00 prá entrar e lá dentro o balde é suave e generoso. E eles não reclamam.
É o que há!
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