Não costumo responder comentários de blogonautas sobre as matérias postadas. Respeito-os, principalmente do Antônio que é visita constante e finíssima.
Perdão aos meus 290 visitantes diários, mas não posso silenciar diante do comentário do MATHASCUNHA, de Brasília, que vê semelhança entre mim e o Kajuru. Coitado de mim. O kajuru está no Sudeste maravilha e eu nos cafundós da Amazônia onde há uma antropofagia cabocla entre os profissionais da imprensa.Por aqui ninguém enche a bola de confrade.
sou o único jornalista esportivo – talvez brasileiro – a ter vetado o meu nome em uma organização de comunicação em Belém – A RBA. É uma glória prá mim! Há um interdito proibitório nas redações do grupo – rádio, jornal e TV – com relação ao meu nome. Quem ousar a me mandar abraço está no olho da rua. O Jurandir Bonifácio que o diga.
Sabem o por quê? É que eu ouso a dizer que o Jader Barbalho é corrupto. É o meu crime e por isso ele e os assesclas dele já moveram dois processos contra mim. De vez por outra bato ponto na justiça em Belém.
O Quasímodo rasga-mãe, JOAQUIM CAMPOS, e o AMAURI SUJEIRA, tentaram me encapuzar com a máscara de extorsionário. Não conseguiram e até hoje nunca fui chamado à polícia para depor.Fui execrado pelo grupo RBA sem o direito de defesa.
Não ouço e nem vejo Kajuru, mas li o seu livro KAJURU – DE A a Z. Gostei e aprendi alguma coisa com que ele escreveu, mas a entrevista dele no UOL divirjo em dois itens:
- Quantos filhos? Indaga o repórter do UOL.
Jorge kajuru – A única coisa boa da próstata para mim foi isso. Não posso ter filhos. Penso como Paulo Francis, não tenho o direito de deixar esse legado para ninguém...
Com todo respeito aos dois, que é (e que foi) consagradíssimos jornalistas, mas a expressão não é de Paulo Francis. É plágio. A expressão é do personagem BRÁS CUBAS, de Machado de Assis, no final do livro MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”. É o símbolo da avareza.
Os três – Brás Cubas, Paulo Francis e Kajuru – não tiveram a felicidade de um ser “piquinino” chamá-los de “Pai Jeca”, como o meu Tudinho.
- Já torceu para algum time de futebol? Perguntou UOL.
Jorge Kajuru – Sim, o Palmeiras, mas parei em 86, quando vi que futebol era negócio. Aí passei a ver futebol com os olhos, não com o coração.
Discordo do Kajuru. Ele pode estar decepcionado com os dirigentes, mas, no fundo, no fundão da alma, ele vibra com o sucesso do Palmeiras. Eu ando decepcionado com os dirigentes do Paysandu porque administrativamente são apedeutas e contratam jogadores velhos prá jogar futebol, sem, no entanto, deixar de amar o clube que deu as maiores glórias para o futebol da região amazônica. Título por título qual o clube amazônico que tem o que o Papão tem?
Concordo com o jornalista quando diz que em 2014 não haverá o segundo “Maracanazo”. A Copa de 2014 já tem dono – o Brasil.
Meu querido Mathascunha, estilo é igual à impressão digital. Divirjo e aprendo – e muito – com o seu comentário.
É o que há!
terça-feira, 19 de abril de 2011
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Caro Zeca, pra não haver mal-entendidos:
ResponderExcluir1 - A semelhança entre ambos (Zeca e Kajuru) se dá no estilo (direto, ácido e virulento - no bom sentido, claro) . Não significa que haja plágio por conta disso, muito pelo contrário. Vejo autenticidade nos dois.
2 - Kajuru também é figura "mal vista" em alguns veículos do país. Ousa falar mal de Ricardo Teixeira & Cia. Isso custa caro num país onde a crítica nunca é bem vista.
3 - Estou fora de Belém há pouco mais de 1 ano. Infelizmente devo reconhecer que o Pará como um todo é dominado pela "politicagem" no sentido mais baixo do termo. Isso não acontece apenas no futebol. É uma pena. Estar longe daí faz com que se enxergue com mais clareza.
4 - Quanto à divergência entre você e kajuru: natural e sadia. Me surpreenderia se não houvesse pontos de discordância entre os dois. Duas mentes ativas e críticas nunca concordarão em tudo. É do jogo.
Pra encerrar: os dois (Zeca e Kajuru), mesmo sendo "malucos-beleza", parecem ser sensíveis e fiéis a princípios e amigos. Isso não é pouca coisa.
Peço perdão pelo comentário longo.
Um forte ABS.
Matheus Cunha
Brasília-DF