sábado, 28 de maio de 2011

CABEÇA, O UNGIDO


Desde 1979, quando aqui cheguei, trazendo na bagagem o desejo de cursar jornalismo na UFPA, que acompanho, aos trancos e barrancos, os bastidores do futebol profissional do Pará.

Já vi e bisbilhotei muitos atos na FPF, CR e PSC: caixa dois, pacote de dinheiro sendo desviado por funcionários de CR e TLB ,fugindo dos agentes da Justiça do Trabalho, no Baenão; presidente mandar roubar dinheiro que serviria para pagar funcionários e depois o diretor Rui Sales recuperou a “baba”; filho de o Tourinho deixar a Curuzu com mais de R$ 45 mil e ser - dizque - assaltado na porta da casa, e presidentes serem acusados de corrupção em órgãos públicos.

Paysandu e Remo já foram beneficiados por atos ilegais de alguns dirigentes que ao presidirem os clubes desempenhavam funções públicas. E, justiça seja feita, desviaram dinheiro público para Baenão e Curuzu. Eu vi, no início da década de 90, chegarem malas de dinheiro na Curuzu prá pagar jogadores...Dinheiro "lavado", sujo.

Jobson, em 1998, foi tirado do Baenão, por que o Tourinho era o superintendente da SUDAM e disso se valeu prá aplicar o maior “traço” que um dirigente já deu em Belém: Jobson, que era do Atlético Paranaense, veio para o Remo e o Minowa fez à apresentação do jogador às 17h, no Baenão, e às 7h do outro dia o atleta estava na Curuzu. O mentor de tudo foi o Tourinho.

Aliás, sobre este assunto este blogueiro apostolado já bateu ponto na justiça por três vezes: Jader Barbalho, Artur Tourinho e o último foi o Ademir Andrade que moveram ações contra mim pelas denuncias que fiz na Rádio Liberal-AM. A minha conclusão: todo corrupto é cínico.E todos os corruptos brasileiros são engravtados e, a grande maioria, estudou nas melhores faculdades.

Apenas um dirigente foi peitado no futebol paraense por atos desabonadores a conduta. E este nunca ficou provado: Raimundo Ribeiro era o presidente do Remo, na sua primeira administração, quando correu boato de que ele estaria ligado a traficante, que depois foi preso em Americano, mas Ribeiro nunca foi chamado a prestar depoimento á justiça.

No entanto, Alcir Braga queria que ele fosse defenestrado da presidência do Remo porque estava manchando o nome da instituição. Ribeiro teve que se defender perante os “cardeais” azulinos.

Agora, o presidente Sérgio Cabeça Braz foi condenado pela justiça federal por atos ilícitos quando presidente do CEFET - Centro Educacional Federal Tecnológico - e o CONDEL remista dá apoio ao presidente porque não tem nada a ver com o clube.

“Ele vai continuar presidente. O seu problema é com a justiça federal”, disse Ronaldo Passarinho, vice-presidente jurídico do Clube do Remo.

Decerto que Remo e Paysandu, em passado bem recente, foram beneficiados, mas, a bem da verdade, corruptos se serviram das bandeiras das duas instituições.
É o que há!

Um comentário:

  1. Os "doutos" cardeais deveriam ser os primeiros a pedir pelo afastamento de Cabeça, mas, por incrível que possa parecer, não querem tirá-lo do cargo. Combinaram o discurso cínico de que a condenação de Cabeça foi um "equívoco". Estão satifeitos que alguém com tantas condenações permaneça à frente do clube - a raposa tomando conta do galinheiro. Por quê? Será que os cardeais também são raposas? Tudo leva a crer que são farinha do mesmo saco.

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