domingo, 14 de agosto de 2011

TUDÃO E TUDINHO


Aos 61 anos, vivo um drama interessante que procuro tirar de letra.

A sociedade faz ideia estereotipada quando se depara com um velho andando de mãos dadas com uma jovem; um jovem ou com uma criança no colo.

Saí hoje com Mikaela, 17, morenaço, minha filha, com a dona Dolores (as donas do Remadinha), e percebi olhares de soslaios da rapaziada preconceituosa na Praça da República, nas Big Bem Batista Campos e Doca e nos restaurante onde comprei almoço para levar para almoçar com ela no restaurante delas na Passagem Getúlio Vargas - na entrada do Conjunto Império Amazônico.A Mika anda grudada ao velho.

Um amigo meu, no Bar do Parque, hoje, me perguntou “aonde encontou a porquinha” e sorrindo respondi que é “minha filha”. “Desculpe Zeca”. Sorri porque às vezes penso assim, também... É o jogo da vida. Vida que a expectativa ao nascer no Brasil é de 73,2 anos (fonte: IBGE 2009). Então, tenho mais 12 anos.

Hoje é o dia dos pais e, como bom pai que tento ser, faço a minha parte, e com a ajuda das mães tenho orgulho dos filhos que coloquei no mundo. Ao todo são seis, com cinco gostosinhas: Antônio Cláudio (Manaus), Elyman e Elymar (Rio de Janeiro), Stefany, Mika e Tudinho (Belém).

Com a mãe do Tudinho, 28 nesta segunda-feira, Elô, vivo momentos engraçados nos supermercados ou shoppings quando estou com ela e o meu filho: “Ela é sua filha e ele é seu neto!”. Rio, mas rio mesmo, porque nunca tomei remédio para disfunção erétil. Não tenho este problema. O problema do velho é ser velho e ainda vai arranjar mais problema se metendo com velha. É chabu na certa.

O letrista está correto: “Mulher nova/Bonita e carinhosa/Faz o homem gemer sem sentir dor...”

Mas, a pergunta mais incivilizada que já me fizeram foi esta: “Tu metes tudão, mesmo?”

Nasceu o blogue Tudão e Tudinho.

Aos 61 anos tenho uma preocupação: vê-los encaminhados e vou ver. Com a Mika e o Tudinho sou mais permissivo, mas dizendo a eles: meus filhos, “Guarde seu coração porque dele procede às coisas da vida”.

Ganhei carinho e livros. Obrigado!
É o que há!


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