segunda-feira, 1 de agosto de 2011

"CABEÇA NÃO TEM PERFIRL DE PRESIDENTE"


Em 2005 Raimundo Ribeiro o convidou prá ser seu vice. Aceitou, mas como bom filho precisava consultar o pai.

“Se tu fores vice-presidente de qualquer clube eu deixo o rádio”. Sentenciou o pai, Carlos Castilho, comentarista esportivo da Rádio Clube do Pará.

César Castilho, 39, publicitário, conselheiro remista, casado, remista porque acompanhou o pai desde criança aos campos de futebol, nesta reportagem falou que o presidente Sérgio Cabeça quer agradar a todos e não sabe dizer “não” prá ninguém e que não tem perfil prá ser presidente do clube e que no Baenão precisa-se fazer “uma reorganização, uma limpeza, uma expurgação.”

Falou dos “monstros” que há na imprensa esportiva e que exploram o Remo, e que vai em busca do que tem dentro do clube.

BLOGUE: O que é ser filho de um comentarista de rádio e desejar ser dirigente do Remo?
C.CASTILHO: É a situação mais difícil. Mas, Zeca, perto da eleição do Raimundo a gente foi chamado e a minha paixão pelo Remo me fez aceitar, mas eu precisava ouvir a família e no momento que eu comuniquei ao meu pai a frase dele foi emblemática: “A partir do momento que te tornarem dirigente de um clube de futebol eu abandono a rádio.” Eu liguei pro Raimundo e infelizmente o meu sonho foi interrompido em virtude do apelo do meu pai.
BLOGUE: O que falta pro Remo sair dessa crise?
C. CASTILHO: De um presidente que viva o clube, que respire o clube. Não adianta um presidente que chegue ao clube prá despachar só no final do dia. O Remo precisa ter um foco, eu já ouvir dizer que a nova diretoria tem este foco.
BLOGUE: O quê não deu certo com a diretoria que entrou com o Cabeça?
C.CASTILHO: Qualquer diretoria de uma empresa que não dá certo, o presidente tem que fazer mudança, então, Zé, eu apóio a mudança que o Cabeça fez. Nós não conseguimos êxito, então, precisa mudar.
BLOGUE: Desconfio de todo homem que é tido como bom prá todo mundo, Sérgio Cabeça tem defeito?
C.CASTILHO: Tem. Dizer “sim” prá todo mundo. Eu nunca ouvi o Sérgio dizer “não” prá ninguém. Ele quer agradar a todos. E por isso não tem perfil prá ser presidente do Remo.
BLOGUE: Você tem dinheiro no clube, pretende receber ou deixa prá lá?
C.CASTILHO: Não. Eu sou muito sincero contigo Zeca: o que nós colaboramos, nós vamos receber. Custe o que custar, nós vamos receber.
BLOGUE: Está documentado?
C.CASTILHO: Sim. Está na contabilidade do clube. E eu te digo, sem medo, custe o que custar eu vou receber o meu dinheiro. Podem me criticar, mas eu vou receber o meu dinheiro.
BLOGUE: Não eu. O seu dinheiro é suado e trabalhado e tem procedência.
C.CASTILHO: Zeca, alguns colegas teu, verdadeiros monstros da imprensa, questionam isso, mas não ligo e custe o que custar eu vou buscar o meu dinheiro.
BLOGUE: Como você vê a relação imprensa-Remo?
C.CASTILHO: Tem gente da imprensa dentro do Baenão que é um mal pro Remo. O Remo, hoje, precisa fazer uma faxina, limpeza, expurgação. Tem gente da imprensa que é ressonância de funcionários dentro do clube, entendeu, é uma tristeza gente que é ícone para o torcedor e trabalhar contra o clube. Aí está um dos males do Clube do Remo. A gente precisa mudar, inclusive a imprensa.

PS: Esta matéria “sonorizada” me foi concedida num restaurante no centro de Belém, ontem, onde almocei, e fui abordado pelo publicitário César Castilho que estava com Jones Tavares, Tonhão e outros remistas.
“Te ouço e leio o teu blogue, Zeca!” Aí empurrei o prato e saquei o gravador, a minha testemunha ocular e auricular do que faço como jornalista.
É o que há!

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