segunda-feira, 24 de outubro de 2011

DIDÁTICA AO PÉ DO OUVIDO


Em Macapá, onde nasci e surgir como repórter esportivo (foto removida do Google) em 1972 vi as atuações de quatro treinadores: Chefe Humberto, “Seu” Nanô (pai do Vitor Jaime), Edésio Lobato(professor de matemática) e Aloísio Brasil, que foi o primeiro treinador contratado pelo Santa Esporte Clube(O Canário Milionário) fora do então Território Federal do Amapá. Brasil era oriundo de Belém do Pará. O Santana Esporte Clube era clube rico, bancado pela ICOMI - Industria e Comércio de Minérios S/A.

O Chefe Humberto projetou Zezinho Macapá, Mareco (que passaram pelo Baenão); Nanô, Tico-Tico (que em Belém se chamou Zezé); Edésio, os irmãos Espírito Santo: Aldo, Assis, Bira e Marco Antônio. Desses, dois ganharam o mundo: Bira e Aldo.

Em cinco de maio de 1979 chego a Belém para cursar letras e depois jornalismo na UFPA, e a partir de 80 entro e saio em Baenão, Vila Olímpica e Curuzu, vendo bons e ruins treinadores.

Paulo Amaral, Paulinho de Almeida, Jouber Meira, Miguel Cecim, Carlinhos Silva, Carlos Froner, Paulo Emílio, Hernesto Guedes, Urubatan Nunes, César Moraes (Gury), Caiçara (conhecido 51), Walmir Louruz, Paulo Mendes, Arnaldo Lira, Cuca, Táta, Givanildo Oliveira, Hélio dos Anjos passaram pelas nossas três maiores expressões futebolísticas e cada um com suas didáticas.

Uns bons, outros nem tanto. Prefiro falar daqueles que me ensinaram a fazer leitura de futebol porque eles permitiam que eu os indagasse sobre as minhas inquietações: Jouber Meira, Carlinhos Silva, Miguel Cecim e César Moraes (este foi meu professor na arte de ler futebol).

“Quando dois marcam quatro no futebol?” Indagava o Gury. E eu babaca, ficava com cara de égua sem saber responder. “É quando o goleiro bate o tiro de meta e os dois laterais (hoje alas) chegam, fechando a marcação em cima dos meio-campistas do time adversário. E por aí vai... O Gury me ensinou como fazer leitura de uma partida de futebol.

César Moraes me dizia que quando ele lia escalação da Tuna e depois do Remo com Dema no meio campo, ele ficava alegre porque o Dema jogava prá torcida e não para o elenco.

Em Belém todos os comentaristas elogiavam a desenvoltura do jogador baixinho, serelepe e muito pulmão, e eu questionava César Moraes: “Zequinha, o Dema corre muito dentro de campo, mas sem produtividade. Ele não marca e nem faz gol.” Dizia Gury. E eu passei a observar o Dema com olhar atento.Tinha razão o velho treinador!

Lembro de um gol que o Dema fez vestindo a camisa do Remo contra o Goiás, pelo campeonato brasileiro, no Mangueirão. E só.

Esses treinadores tinham ou têm uma qualidade em comum: o diálogo com os jogadores fora e dentro de campo. Hoje, nos nossos três grandes clubes (Tuna, Remo e Paysandu), Samuel Cândido, Sinomar Naves e Andrade primam pelo diálogo. Digo por que vejo e me interesso pelas didáticas dos três treinadores.

Inobstante o pouco tempo que tem na Curuzu, Andrade tem dialogado com seus atletas no vestiário e no campo de treino.

Sábado, nos arredores da Curuzu, ouvi diálogo de dois atletas: “Enquanto Roberto Fernandes e Edson Gaúcho não cumprimentavam a gente, Andrade é educado e fala com cada um de nós”.

“A principal função do treinador de futebol é dar boas condições para que os atletas joguem tudo o que sabem”. E como acontece isso? Conversando e praticando exercícios em campo. Uns falam ao pé do ouvido, outros, em grupo. São maneiras de ensinar futebol.
É o que há!

4 comentários:

  1. Égua Zeca, é impressão minha ou a cada dia que passa tu encontras uma maneira de detonar o Édson Gaúcho, esse mesmo que até poucos dias atrás tu até elogiavas?
    Isso só fortalece esses jogadores mercenários que hoje tomam o Paysandu de assalto e fazem desse IMBECIL,chamado luiz omar, de refém.

    O grande mal do Édson Gaúcho foi tentar moralizar as coisas dentro da Curuzú mas pelo visto NINGUÉM quer isso, seja dentro do próprio Clube, seja dentro da imprensa.

    Os jogadores dizem que o ex-treinador não os cumprimentava, mas ao mesmo tempo ninguém os atacava sem ter uma resposta imediata do Gaúcho, prova de que antes de qualquer coisa, ele defendia e respondia por seus atletas.

    Enquanto o Paysandu for movido por picuínhas e dirigido por VAGABUNDOS que se acham donos do Clube, o Paysandu não irá sair desse inferno.

    Álvaro Grego Junior
    Ananindeua - Pará
    algregojr@yahoo.com.br

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  2. Apenas pra concluir o meu pensamento.
    No Paysandu passou um arremedo de treinador, queridinho de toda imprensa, justamente pq adora dar entrevistas e se achar letrado, mas dentro de campo é burro, incompetente e medroso, chamado Válter Lima.
    Esse ninguém critica ou derruba, justamente pq dá entrevista à todos e é bom de papo... e só isso, nada mais. Futebol que é bom, NADA!

    Álvaro Grego Junior

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  3. na foto és tu aquele barbudo de microfone na mão??

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  4. Segundo o Luiz Omar o Sandro sacaneou o Paysandu no caso "salgueiraço" agora este mesmo jogador sacaneou com o Clube segundo o Gaucho. A pergunta que fica o que falta para o restante da Diretoria do Paysandu atropelar o Luiz Omar e colocar este ex jogador em atividade para fora do Clube?

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