ELE NÃO É LADRÃO

É evidente a mudança de postura e de propósito do time do Paysandu nos três últimos jogos.

Contra o Araguaína a defesa bem postada e o meio-campo desarmou, armou , atacou e o ataque finalizou perfeitamente. O resultado foi a goleada de 5 x 0.

Contra o América de Natal, um time mais qualificado, o Paysandu foi cauteloso, mas com as mudanças no segundo tempo foi mais agressivo e o “Diabo” rubro potiguar não resistiu e perdeu de 1 x 0.

Ontem, na Arena da Floresta, contra o Rio Branco o elenco bicolor não abdicou de atacar, embora tenha levado o primeiro gol, aos 15’, numa falha do miolo da zaga bicolor.

Este mesmo time, nas mãos do Roberto Fernandes, era um time frouxo, entrava em campo acuado com a proposta de primeiro marcar para depois atacar, preterindo jogadores como Tiago Potiguar, Welington e Robinho. Por pouco o bicola não toma no fiofó.

A principal função de um treinador de futebol é incentivar, acreditar e proporcionar condições para que o atleta jogue tudo o que sabe e muito mais do que isso. No time de Roberto Fernandes não se via nada disso. Ao que parece, a impressão que eu tinha do time bicolor, era de que o ex-treinador brincava de treinar. Enganou a todos até o momento em que o diretor Antônio Louro não agüentou mais as suas tergiversações.Inclusive uma "porquinha" que com ele fez "ai amor!"

Antônio Louro acertou em cheio ao mandar Fernandes embora e logo contratou Gaúcho.

O que faltou ao treinador Roberto Fernandes, Gaúcho tem de sobra: conhecimento técnico-tático. A diferença entre àquele e este está na ousadia e na observação dos detalhes de cada partida de futebol, ou seja, na hora de mudar, muda certo.

O estilo técnico de Edson Gaúcho não me fascina, mas me faz acreditar na sua determinação profissional. Ele fala com o jogador inserindo doses de resiliência. Ele pode ser chato, mal-educado,intraqável pelo Toninho Assef e Ricardo Rezende, mas sabe fazer leitura de uma partida de futebol. Isso é muito importante na carreira de um técnico de futebol.
É o que há!