sábado, 22 de outubro de 2011

ESTILOS

O estilo é a marca registrada de uma pessoa.

Tem vários tipos de estilo: de vida, de se vestir, de viver, de comer, de amar, de trabalho, de fazer arte, de cantar, enfim...

No Rádio, no jornal, na TV os profissionais se diferenciam pelo estilo de falar, de escrever e se apresentar perante o público.

Os grandes pintores e escultores da historia da humanidade são identificados pelos estilos das suas obras. No Brasil, o caso mais emblemático é do mineiro Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho, mestre no estilo da universalidade católica, ou seja, na arte colonial brasileira.

No futebol não poderia ser diferente: cartolas, jogadores e treinadores (ou técnicos) têm seus estilos.

EDSON GAÚCHO
Homem bem afeiçoado traja-se bem, é articulado, fala bem, mas é turrão, macambúzio, cambando para a mal-educação, indócil, incivilizado, sempre me deu a ideia de ser mal-humorado( ou mal-amado) e não sorri.

Dentro de campo é uma máquina: participa do treino-técnico (ele não gosta de coletivo), para as jogadas, fala com os jogadores no momento do passe errado, diz como deve ser a jogada, é ativo e não faz isso para aparecer. É o seu jeito de ser. Sabe ler futebol - é a sua didática.

ANDRADE
Sei que é um homem cordato, educado, fala manso e tem certa dificuldade prá se expressar (é meio gago), dócil, atencioso, presta atenção ao mundo que o cerca e gosta mais de ouvir que falar. É o que dizem quem o conhece.

No aeroporto de Belém, sexta-feira, 1h15min, ao chegar, parou prá imprensa, parou para atender os fãs, deu autógrafo com simplicidade, falou com os taxistas, e tomou o carro do Fred e foi embora. Se é outro, diz: “Pessoal, estou cansado e falo com vocês amanhã.”

Em campo, primeiro dia, fui lá ver prá contar, diferente do “Tchê”, Andrade primeiro conversou com os onze jogadores titulares, separado dos demais, depois conversou isolado com Daniel, com Lecheva e foi assistir ao coletivo da beira do gramado e o seu auxiliar em campo, orientando os jogadores.

Depois de 30min, parada para tomar água e refrescar o corpo, Andrade volta a conversar com o grupo de titulares e o coletivo reinicia.

Na coletiva demonstrou tranqüilidade, respondendo educadamente as perguntas dos jornalistas.

Penso que a didática do excelente volante que foi na década de 80 é à da conversa de pé de ouvido com os seus comandados, e, talvez, esteja aí o segredo de ter se tornado campeão brasileiro pelo Flamengo, no momento em que o clube rubro-negro carioca passava por crise financeira e de desentendimento entre as “feras” do plantel. Lembram?

Quando o flamengo sagrou-se campeão, todo o plantel carregou Andrade e o jogou para o alto e o aparou nos braços.

Se vai dá certo no Papão, só o tempo dirá. Espero que sim. Experiência ele tem!

AO HAROLD LISBOA
Não se faz bom jornalismo só com boas perguntas, mas com fatos. Estes são sagrados e contra fatos não há argumentos. Fatos são fatos!
É o que há!

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