sábado, 1 de outubro de 2011

EDSON GAÚCHO E O ESTÁGIO COMO RADIALISTA


“Eles não me pegam mais. Estou vacinado. Agora eu sei como lidar com eles”.

As três orações ouvi da boca do treinador Edson Gaúcho nos corredores do hotel Regente, quando lá estive, na manhã do dia 27 de setembro, para apanhar minha credencial para o jogo Brasil e Argentina com o jornalista J.B. Teles.

Embora sendo campeão paraense, Edson Gaúcho teve uma relação inamistosa com a imprensa esportiva paraense, em 2009, porque um tal de Jorge Anderson, que hoje é apresentador de TV e à época funcionário do Edson Matoso, no SBT, teria ouvido o técnico bicolor dizer: “Lá vem essas porras me fazerem perguntas idiotas.” A partir daí Gaúcho não teve sossego na Curuzu.

Edson Gaúcho ao deixar Belém foi contratado como comentarista esportivo da Rádio Eldorado de Criciúma (Santa Catarina) e penso, que o período como radialista lhe deu a visão e a experiência do que é ser repórter esportivo. Foi bom para o homem Edson Gaúcho, pois agora ele tem percepção dos dois lados - profissional da bola e da imprensa esportiva.

Ao ouvir Edson Gaúcho dizer que “Estou vacinado” também tive minhas conclusões: seria ótimo para todo técnico de futebol fazer estágio de três a seis meses em redações esportivas prá saber o que é obedecer pauta, horário de fechar matéria e às vezes temos que ser incivilizados prá conseguir matérias “picantes” e vice-versa, ou seja, nós profissionais de imprensa passarmos um bom tempo aprendendo sobre esquema tático, treino técnico, o porquê que os treinadores sempre desejam ver treinos do time adversário e o fechamento dos portões à imprensa(principalmente aos cinegrafistas)

Francamente, eu não tenho saco prá ouvir repórter, após uma partida de futebol, perguntar:

- Como você viu o seu time?

Ou então: - Como o senhor analisa a sua equipe. É o trivial. Quem assim age não soube fazer a leitura do jogo e é por isso que os comentaristas em Belém mandam que o repórter enfie o fone nos ouvidos dos treinadores e na maioria das vezes os analistas com ares professoral são piores que o repórter, porque pensam que sabem mis que o técnico. Penso que todo analista esportivo deveria assistir aos treinos dos clubes. Com certeza seriam mais didáticos.

Que tal os analistas esportivos paraenses assistindo aos coletivos de Remo e Paysandu em semana de RE-PA? Indubitavelmente, seriam menos discursivos e mais práticos.

Neste item gosto do caipira Neto. Pode falar errado, mas sabe fazer leitura de uma partida de futebol. Em Belém -é minha opinião - somente dois analistas leem futebol: Hamilton Gualberto e o professor Cláudio Oliveira o resto faz discurso.

Gaúcho voltou acessível à imprensa, mas continua incivilizado com alguns “cardeais” bicolores.

Este assunto deixo prá amanhã no PULO DO GATO.
É o que há!

Um comentário:

  1. Zeca, se realmente aconteceu esse comentário do Édson quando da sua primeira passagem pelo Paysandu, sinto em dizer mas, realmente existem verdadeiras malas na imprensa local que além de não entenderem muito de futebol, ainda fazem cada pergunta imbecíl mesmo. Tem cada pergunta idiota que só mesmo respondendo de forma ignorante pra repórter se mancar.
    Aposto como tu também de "emputesses" com cada pergunta idiota que te fazem, imagina o Gaúcho com o temperamento que faz parte da personalidade dele.
    não lembro dele ter tratado mal ou ter sido ignorante com tivesse feito uma pergunta inteligente a ele.

    Álvaro Grego Junior
    Ananindeua - Pará
    algregojr@yahoo.com

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