sábado, 12 de fevereiro de 2011

DOIS TREINADORES E UM DESTINO

Cidade agitada, torcedor eufórico com seus times e no centro das atenções dois homens: Paulo Comelli, 45, paranaense de Londrina, e Sérgio Cosme, 60, carioca. Àquele é metódico, meticuloso até no falar e quando tem que chamar atenção dos jogadores, nos 15 minutos de intervalo de uma partida, ele fala ao pé do ouvido; este é agitado, para seus pares de comissão técnica é estressado, fuma muito no comando dos treinos, e no vestiário, no intervalo, usa a metodologia do grito prá chamar a atenção dos seus comandados.

Inobstante estilos diferenciados na hora de trabalhar, os dois são amigos dos jogadores, são paizões e não poupam elogios àqueles que se sobressaem nas partidas.

No futebol, penso que a qualidade do jogador é muito mais importante do que o técnico e o esquema tático. De nada adianta técnico cerebral se o jogador é “cabeça de bagre”. E se o técnico não é tudo numa partida de futebol, qual a função deste? Treinar, orientar, mostrar numa partida como o atleta deve atuar; desmarcar-se de uma marcação implacável que é o que vai acontecer com Tiago Potiguar. Sérgio Cosme tem a obrigação de orientar o seu jogador de como ele deve se desvencilhar do Sam ou Mael, que deve ser o responsável prá não deixar o bicolor jogar. Aí o treinador do Paysandu vai oferecer condições para que Potiguar jogue o que sabe.

E que condições são essas? O que ele sabe fazer: o drible e a troca rápida de passes com seus companheiros, com estes lançando a bola de um lado para o outro. E o Tiago Potiguar tem uma característica que é fatal pra quem ousa marcá-lo colado: jogar a bola na frente e sai pelo lado em velocidade. E o que fazer prá que o atacante bicolor não apareça: é matar a jogada no nascedouro; é fazer com que essa bola não chegue ao Tiago Potiguar. Isso se chama estratégica futebolística dentro do quadrado; o treinador tem que saber mexer com as pedras no tabuleiro e isso bem poucos sabem fazer. O mestre Telê era campeão nessa modalidade e hoje o Muricy Ramalho e o Luxemburgo fazem por onde passam. Por aqui, até hoje, só vi um: César Moraes, o Gury. Ele enxergava muito.

A diferença que há entre Remo e Paysandu, hoje, é que um tem individualidades técnicas e no outro há coletividade. Sérgio Cosme mudou a forma de jogar do PSC nos 15 minutos de intervalo nas duas primeiras partidas contra Castanhal e Independente quando o time não se houve bem no primeiro tempo, e o Remo entrou jogando a mil contra o São Raimundo, no Baenão. Na oportunidade encheu os olhos de quem viu o jogo diante de um São Raimundo “mundiado” pela velocidade remista.

Dois jogadores importantes nos esquemas dos treinadores – até hoje – constituem-se em problemas: lateral direito Álax, que sentiu dores no treino de ontem, e Sérgio Cosme está em dúvida com relação ao substituto; Tiago Marabá, pelo azulino, se não reunir condições deve ser substituído por Léo Mineiro.

Paulo Comelli deve armar esquema para evitar as investidas de Tiago Potiguar. Sam ou Mael cola no atleta bicolor, mas corre o riso de deixar livre Alexandre Carioca ou Sandro que pode servir Rafael Oliveira e Mendes, que tem boa colocação dentro da área.

Vejo o time do Remo mais compactado, sabendo recuar, marcando com precisão e contra-atacando em velocidade com Marlon pela lateral-esquerda e Luís André e Tiaguinho pelo meio.

Se o miolo de zaga do Papão tem sido a preocupação do treinador e do torcedor - sai Ari para cumprir a suspensão automática e entra Tinoco ao lado de Laranjeira-, no Remo os zagueiros têm feito a diferença.

Certa vez ouvindo Tostão num canal de TV fechado perguntaram prá ele qual o melhor técnico. Resposta: “É o que muda pouco e sabe o momento de mudar”. O jogo de amanhã entre Remo e Paysandu, penso eu, servirá prá se definir futuro de treinador. Quem É. Tanto Comelli como Cosme trabalharão pressionados pelo resultado positivo. Principalmente o Remo que se vencer levanta a curica de vez.

REMO: Lopes; Helsinho, Paulo Sérgio, Rafael Morisco e Marlon; Sam, Mael, Luís André e Tiaguinho; Ró e Tiago Marabá.
Técnico: Paulo Comelli
PAYSANDU: Ney; Álax, Tinoco, Laranjeira e Brayan; Bily, Alexandre Carioca, Sandro e Tiago Potiguar; Rafael Oliveira e Mendes.
Técnico: Sérgio Cosme.
ÁRBITRO: PAULO CESAR DE OLIVEIRA (FIFA-SP)

ATENÇÃO!

Estou preparando o PULO DO GATO de amanhã. Vai estar sensacional. Os religiosos dizem que o pai da mentira é o lúcifer e por causa de mentira e soberba é que acabou a amizade que havia entre Deus e o diabo.

Aqui na terra casamentos e amizades têm terminado por causa de mentira. "Por que tu mentes prá mim?" Foi o quê da questão entre dois grandes amigos. Lembram daquela brincadeira de "piqueno" que se unia os dedos indicadores e um dizia para o outro: "corta aqui!"

Saio cedo de casa hoje prá bisbilhotar e depois postar prá vocês o que jornal não publica, TV não revela e rádio não conta. Eu conto e dou nomes. Aguardem!
É o que há

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