sábado, 26 de fevereiro de 2011
O PODER DA CARIDADE
Juracy Batista Mendes, “Alcino”, trabalhou 37 anos na rouparia da Curuzu e em 2008 se aposentou e ficou a vadiar.
Encontrei Alcino (foto) na rouparia da Tuna, arrumando chuteiras, shorts e camisas da Tuna Luso Brasileira para a viagem de hoje a Cametá, onde amanhã o time luso enfrentará o time que empresta o nome da cidade pela última rodada da primeira fase do Parazão/2011.
Puxei minha testemunha jornalística – gravador – e comecei a perguntar ao experiente mordomo sobre os 37 anos de Curuzu: momentos felizes, jogador “fera”, tristezas, títulos, dinheiro e o melhor presidente.
“Olha, Zé, eu não posso esconder de ninguém que o melhor presidente que passou pelo Paysandu, nos 37 anos que lá vivi, foi o Geraldo Rabelo. O salário atrasava, mas pagava. O “Caroço” chegava à Curuzu e a gente já sabia que no envelope amarelo estava o nosso dinheiro. Mas, tem um detalhe que eu nunca revelei a ninguém e vou dizer prá ti: eu tinha dois filhos que estudavam na UNAMA e o dinheiro que eu recebia no Paysandu não dava prá pagar a mensalidade de um, mas o Geraldo quando soube que eu tinha dois filhos universitários na UNAMA, ele pagava e não descontava no meu vencimento. Zé, os meus dois filhos estão formados, trabalhando e me ajudando. Então, quando me lembro disso, sinto emoção e rezo pela alma do Gegé”.
Quando aqui cheguei, em 1979, vindo de Macapá, inocente puro e besta, trazendo na bagagem o sonho de ser aluno da UFPa, encontrei pessoas que me estenderam às mãos e uma dessas foi Garaldo Rabelo que pagou aluguel de casa, me deu cestas de alimento e uma "babinha" prá pagar ônibus. Se hoje sou o que sou e tenho o que tenho foi porque encontrei pessoas que acreditaram em mim e não tem dinheiro e favor que pague a força da caridade.
Agora, estou digitando essas palavas, lembrando de Chermont(odontólogo), Eder Souza(clínico geral) que me abriram às portas da Benenficência Portuguesa para que o mal que me abate(diverticulite) não me levasse à infinita escuridão.
"Ando de vagar por que já não tenho pressa", acreditando no poder da caridade!
FPF RECONHECE QUE ERROU
Um novo borderô do jogo Remo 3 x 1 Paysandu, dia 13, foi postado no sítio da FPF.
Vitória do jornalismo esportivo investigativo que este blogueiro passatempo desenvolve nesta terra – uns gostam, outros detestam e não me toleram.
Cismei do borderô publicado logo após o jogo e mandei emeio à FPF questionando (entenda: José Ângelo) que negou as minhas reivindicações. Então, bati às portas do MP através do Promotor dos Direitos Constitucionais, Domingos Sávio. Aí a história mudou!
Estou recebendo hoje os emeios trocados entre o promotor e o presidente da FPF, Antônio Carlos Nunes de Lima.
Não é a primeira vez que o jornalista esportivo José Maria Trindade denuncia borderô “mascarado” da FPF: no dia 20 de setembro de 1998, Mangueirão, Paysandu 2 x 0 Fluminense(RJ), segunda divisão do Campeonato Brasileiro daquele ano.
A renda anunciada, 48h após o jogo, foi de: R$ 85.605,00; público pagante: 28.535. Não acreditei e fui prá campo, prospectando, conversando, ouvindo e finalmente cheguei a um funcionário da Secretaria de Esporte e Lazer que me mostrou o caminho...
Neste trajeto cheguei ao inflexível Alonso Guimarães, ex-vereador, que estava secretário, e falei de uma reportagem sobre o estádio. Rapidamente, concordou e comecei a perguntar sobre os projetos.
Em dado momento indaguei quanto foi à cota do Mangueirão no jogo Paysandu e Fluminense.
Ele pediu tempo e chamou um funcionário: “Brasil, me traz o borderô do jogo Paysandu e Fluminense.”
O Brasil foi à sua sala e logo retornou com uma pasta-classificador: lá estava o que procurava.
Renda: R$ 118.164,00; público pagante: 35.816; aluguel do Mangueirão (6% da renda bruta): R$ 7.089,84 e mais R$ 1.000,00 de iluminação: R$ 8.089,84; cota da FPF (5%): R$ 5.908,20.
Só o INSS foi ludibriado: os 5% do órgão foi retirado da falsa renda de R$ 85.605,00: R$ 4.280,25.
Com estes dados fui ao gabinete do Nunes: “Coronel, como o senhor explica este borderô que mostra arrecadação de R$ 118.164,00?"
Até hoje aguardo por uma resposta do presidente da FPF, que comigo mantém relação amistosa sem nunca me negar a palavra quando preciso de uma “sonora”.
P.S.: Ainda meio pau, meio tijolo, estou indo à Rádio Liberal para apresentar o BOLA NA ÁREA.
É o que há!
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