segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

FELICIDADE


Nós, homens e mulheres, discutimos, desentendemo-nos e ficamos de mal. Às vezes mandamos até matar o nosso semelhante, principalmente quando envolve dinheiro.

Não é à toa que a Bíblia nos mostra que “o apego ao dinheiro é o mal da humanidade”. É verdade! Os exemplos estão dentro das nossas casas, da nossa comunidade e nos círculos de amizades. Quantas amizades têm se desfeitos por causa do dinheiro? Quantas vidas ceifadas por causa do vil metal?

Sábado servir de babá pro meu “Tudinho” ao sair com ele. Meti no corpinho de três anos e oito meses um “fato” bicolor, adquirido na loja da sede, e fui à Curuzu, como repórter, cobrir a festa dos veteranos; larguei o “Tudinho” no gramado da Curuzu que logo se juntou ao Kauã (filho do Agripino). Mas de olho nos dois porque sei o rebento que tenho, embora seja um pai ausente do seu dia a dia (mora com a mãe, dona Elô, e a avò, dona Cabral)

Fiquei no ângulo do alambrado da arquibancada, que dá para o Chaco, com o corredor que faz frente para as cabines e camarotes: um olho na festa e outro na dupla que se divertia, batendo a bola oficial um para o outro (foto). Com certa dificuldade, devido o peso da bola, “Tudinho” batia com o peito de pé esquerdo e o Kauã rebatia com o direito. E assim os dois se divertiam. Era só alegria! As duas crianças não se importavam se Dadinho, Vandick, Robgol eram as estrelas da festa comandada pelo Beto. O que importava aos dois “piquenos” era a felicidade de correr, de tocar na bola, de pisarem num terreno diferente daqueles que eles estão acostumados a correr.
Bicolores abismados com o “Tudinho” usando a “patinha” esquerda. “Tens que colocar ele numa escolinha e pedir para o treinador ensiná-lo a tocar na bola com as duas patas”, dizia o professor de educação física Ocimar Farias. O papo com amigos me fez esquecer por alguns minutos de olhar para os dois. Eis que quando olhei, Kauã e “Tudinho” estavam se esbofeteando. Chamei o Agripino e corremos para o centro do gramado.

Peguei o meu e o Agripino o dele.

- O que houve Tudinho? Indaguei
-Pai, ele meteu a mão no meu peito e eu bati na cara dele!

Kauã, no colo do pai, inconsolável porque queria dá bordoada no Tudinho. Kauã tem cinco anos.

Demos água aos nossos filhos e falamos sério com dois: Agripino com o dele e eu disse pro Tudinho que iria levá-lo prá casa da “vó” e que se ela soubesse disso meteria a “taca” nele.

- Não pai, não me leva não, que eu não brigo mais com ele. Pai “Jeca”, deixa eu jogar bola?

Meu filho falou com tom angelical, demonstrando arrependimento e medo da velha Cabral.

Larguei o “Tudinho” e o Agripino o Kauã e os dois correram emparelhados no rumo da bola, como se nada tivesse acontecido a alguns minutos atrás.

Brincaram como velhos amigos. E eu do meu “minarete” fiquei a intuir: por que as crianças brigam, se digladiam e em curto espaço de tempo estão brincando felizes da vida?

As crianças só pensam na felicidade delas; elas não guardam rancor, logo, logo esquecem o passado raivoso e buscam as coisas boas, o prazer de viver a vida. É o que penso depois do exemplo que vi.

Nós, homens feitos, é que guardamos rancor e, às vezes, “ruminamos” maldades. E mais uma vez a Bíblia acerta em cheio: “Esqueça o passado, traga à memória tudo que lhe dê prazer”. É verdade!

Depois de horas e horas de enlevo, chega dona Elô e fomos almoçar.

Na churrascaria, "Tudinho" pediu farofa, carne assada, batata frita e suco de abacaxi. No carro, na sua cadeirinha, meu filho "capotou" de felicidade.
É o que há!

Um comentário:

  1. BELA MATÉRIA DO REPÓRTER!! BEM REFLEXIVA, ALIÁS, O MUNDO DE HOJE É UMA CORRERIA SÓ, NÃO PARAMOS PARA VÊ DETALHES TÃO PEQUENOS, MAS QUE DENTRO DE UM CONTEXTO GANHAM UMA DIMENSÃO MUITO GRANDE!!!
    Por isso que na Bíblia os discípulos de Jesus indagaram o mestre: Quem será o maior no Reino nos Céus? Quem será o primeiro, O medalha de ouro? Então o Senhor Jesus, tomou uma criança, colocou-a diante dos discípulos e disse: "Se alguém quiser ser o maior no Reino do Céu terá que aprender a ser como esta criança."
    Criança significa ser puro, inocente, sincero e que jamais guarda rancor no coração e por isso, como citou o repórter, mudam de humor assim como em um passe de mágica, ja vi inclusive marmanjos serem transformados, mudaram de vida e de conceitos depois do nascimento dos filhos. Mas, você acha que pureza, sinceridade e inocência são patrimônio das crianças? Um homem adulto também pode ser puro, sincero e inocente. A pergunta dos discípulos foi: "Quem será o maior, o primeiro, o vitorioso?" E Jesus diz: "Se você quer ser tudo isso, você tem que tornar-se como uma criança." Gostei do texto achei muita graça quando o repórter relata a mais perfeita tranquila, paz e harmonia entre seu querido filho Tudinho e o filho do seu confrade, quando em dado momento quando ambos não eram focados pelo repórter o "pau come" kkkkkkKKK e como na vida real nos campos de futebol os repórteres invadem o campo para entrevistar e saber o por que do "arranca rabo" entre os furiosos jogadores e tudinho tal como os jogadores profissionais se defende dizendo que apenas se defendeu da agressão de seu oponente kkkkkkkkkkkkkkkk!!! passado o "entrevero" podemos dizer que a pureza da alma dessas duas crianças abençoadas venceu o ódio e assim amanhã festiva seguiu alegre pintada em um gramado verde onde os anjos são os senhores da bola!!! PARABÉNS AO REPÓRTER JOSÉ MARIA TRINDADE BELO TEXTO QUE SERVE COMO REFLEXÃO E UM BÁLSAMO PARA A ALMA!!!

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