PEDRAS NO SAPATO

Falta coragem ao presidente Sérgio Cabeça para tomar uma decisão sobre o ocorrido no Baenão entre Hamilton Gualberto e Francisco Rosas, no início da noite de segunda-feira.

Como ele é um ser que não diz “não” prá ninguém, ficará o dito pelo não dito e se o Rosas tiver vergonha na cara não pisa no Baenão enquanto o Hamilton for o manda chuva. Não houve discussão entre eles, houve monólogo: só o Hamilton falou o que pensa do Rosas. E este engoliu calado.

Quem conhece Francisco Rosas diz que ele é enxerido, furão, mas prestativo. Embora contra a vontade de Gualberto, Rosas foi mantido no Baenão pelo presidente Cabeça porque na hora de mandar embora Paulo Comeli e auxiliares foi Francisco Rosas quem deu os “borrachudos” pré-datados e que até hoje não foram resgatados.

Quando convidado pelo presidente Sérgio Cabeça, Hamilton escolheu com quem desejava trabalhar no Baenão, e o Rosas não estava nos seus planos, mas um pedido do presidente fez com que o vice-presidente aceitasse a presença do diretor no Baenão. Já começou errado porque Rosas dividia com Pedro Minowa um cargo: o de diretor de futebol.

Hamilton não tolerava o comportamento do diretor: sentava no banco da comissão técnica para assistir aos treinos. Foi a primeira reprimenda do vice no diretor; os assuntos tratados na sala da diretoria, em seguida os repórteres divulgavam; quebra de acordos entre os diretores de não revelar nomes dos atletas contratados, e não ultrapassar o limite do teto salarial estipulado pela vice-presidência do Clube do Remo.

Na opinião do Hamilton, Rosas não se adapta aos planos traçados para o departamento de futebol do Remo, no entanto “ele pode continuar no Baenão.”

Ao final da tarde de ontem, Hamilton fez visita à sala de imprensa e revelou que o “affair” entre ele o Rosas havia sido superado. Mas, o diretor, que à tarde de ontem conversou com o presidente Sérgio Cabeça, na sede, não está disposto a ter diálogo com o Hamilton. “Eu nunca pensei em ouvir o que ouvi da boca do “Hamilton”, revelou Francisco Rosas na sede a amigos.

O repórter Paulo Caxiado, da Rádio Clube, quis saber detalhes do monólogo e teve resposta no frontispício: “Porra, Caxiado, tu adoras divulgar as coisas que se passam na nossa alcova e não revelas a porrada que houve entre Cláudio Guimarães e Ronaldo Porto no estúdio da Rádio Clube!”

Caxiado limitou-se a dizer: “Hamilton, tu não gostas de mim!”

Aliás, o repórter Paulo Caxiado tem certeza do que Hamilton Gualberto pensa sobre o seu caráter. É só voltar ao Tempo em que Hamilton era vice-presidente de Roberto Porto. E um fato que aconteceu em Manaus...

Quando o Hamilton Gualberto chegou ao Baenão, no início do mês de setembro, carro de repórter e os das emissoras de TV e jornais não entravam no estacionamento da concentração, mas o do repórter Paulo Caxiado era o único que gozava do direito de ficar no local. Hamilton determinou que se abrisse o portão para carros das empresas e os particulares dos confrades. Menos em dias de jogos do Remo.

Por assim dizer, Hamilton só ainda não largou porque tem palavra empenhada com seu amicíssimo Sérgio Cabeça, mas já pensou em entregar o cargo, porque os fatos que se sucedem no Baenão lhes torram os neurônios. Por exemplo: o retorno do Haroldo Bezerra ao Baenão, como assessor de imprensa, sem lhe comunicarem previamente. O assessor de comunicação chegou ao Baenão e não se apresentou ao vice-presidente de futebol. Pira Paz!

Penso que o Rosas deveria se mancar e pegar o beco, porque o Hamilton Gualberto foi claro com o presidente Sérgio Cabeça quando aceitou o cargo de vice-presidente de futebol ao escolher sua equipe: Francisco Rosas não fazia parte dos planos. Insistiram e deu no que deu. Mas, vergonha na cara nem todos têm.
É o que há!