Caro Amigo e confrade José Maria Trindade.
Saio da clausura para manifestar-me, de publico, sobre o tema que está em debate, em cujo núcleo está o Administrador e Empresário Felipe Fernandes. Antes de enveredar pelos caminhos pedregosos que estão sendo, ardilosamente, palmilhados, no sentido de desconstituir uma decisão administrativa, que, qual revela o Conselheiro e amigo Felipe Fernandes, foi revestida de legalidade, portanto, blindada pelas normas estatuárias; em assim sendo, como conselheiro do PSC, particularmente, mantemos a nossa convicção pela legalidade do ato, de rara percepção abrangente, face os que não vivenciam a historia e o dia-a-dia do PSC, desde o término da administração do nosso ilustre bicolor o Dr. Artur Tourinho, sem entrar nos detalhes que particularizam a sua gestão, pontuada de um misto de alegrias, decorrentes das conquistas nos desafios competitivos, até o momento, insuperáveis no PSC, paralelo, também, aos pesadelos, conseqüentes dos resultados nefandos de ordem financeira que tisnou seu ciclo administrativo. Logo, para avaliarmos a trajetória, o trabalho e, sobretudo, sermos justos, quanto a honradez e a análise percuciente da decência do ato administrativo, ora em comento, envolvendo títulos de sócios do Paysandu Sport Club; temos, obviamente, primeiramente, destacar quem é o Felipe Fernandes na história do clube de suíço. Eu, por exemplo, conheço o Empresário Felipe Fernandes, a mais de vinte anos, tempo que labutamos na seara administrativa alvi-celeste, e, como tal, sempre o admirei, pelos seus sonhos de crescimento e estabilidade deste Clube, desde a época em que, ainda, não possuía o status empresarial que conquistou pela sua forma pertinaz de vencer na vida, pelo que, se faz imperioso evidenciar que, a quando da Administração do grande presidente, modelar bicolor e irmão Rui Guilherme Viana Sales, o pré-destinado, percebia-o contemplando a antiga piscina do Clube, o Ginásio Moura Carvalho e as dependências do palacete alvi-celeste, no desejo ardente, de revitalizar, reconstruir seus espaços históricos.Destarte, para que tenhamos a noção das dificuldades do Paysandu do inicio dos anos 80 do século anterior, lembro que estávamos em um domingo, pela manhã, a borda da piscina do clube, quando uma bomba d’água, improvisada, que bombeava água para encher a piscina, ocorreu que esta bomba d’água, acabou projetada pelo vento e pela trepidação do motor que a energizava, para dentro da piscina, duas adolescentes, que estavam dentro d’água, ficaram paralisadas com a corrente elétrica que,. Incontinenti, espraiou-se por todo espaço liquido da mesma. O Celso Jovino, responsável pelo Bar daquele espaço, desesperado pelos gritos dos parentes e a agonia das adolescentes sob risco de morte, atirou-se n’água, em um gesto desesperador e suicida, no objetivo de salvar as adolescentes, sendo assim, também, imobilizado pela eletricidade que a água, com,o boa condutora de eletricidade, absorvia.
Deus inspirou-nos para acorremos em direção da tomada geradora da energia, ao lado da piscina, e, assim, num átimo de minuto, a desliguei, e as jovens e o Celso, puderam, ser resgatados com vida, se demorássemos mais alguns minutos, teríamos uma tragédia na sede com a morte de três pessoas. A família da jovem e as poucas famílias que ali estavam nunca mais voltaram à sede do Paysandu, conheço e tenho intimidade com uma delas que tem como matriarca a Dona Telma Matos.
Esta, meus amigos, era a realidade do patrimônio bicolor naqueles longínquos anos, que tisnava o honrado legado da geração de Nabor Silva, Antonio Couceiro, nas figuras dos quais personalizamos aquela geração de ouro que construiu o Palácio Alvi-celeste.
O tempo passou, vinte anos depois, o Administrador Felipe Fernandes, consegue se projetar no mercado empresarial que atua em nossa cidade, só que, enquanto muitos, diria até, corretamente, priorizam a família co-sangüínea,quando alcançam o status, ou projeção e estabilidade de vida, decorrentes de sua labuta diária, o Felipe Fernandes, o fez ao contrário, e assim, o que sempre sonhou e prometera a si mesmo, se determinou a fazê-lo, e de forma obstinada se concentrou na revitalização do Palacete Alvi-Celeste, devolvendo-lhe a sua opulência original e implementando outros traços arquitetônicos intra sede, que, dignificaram e devolveram ao associado bicolor, o orgulho de transitarem nos ambientes palacianos do clube de suíço, sem duvida, um ato de respeito e homenagem aos que a construíram e um presente ao corpo de associados e torcedores bicolores que da sede que possuem, se orgulham.
Destarte, não podemos dar guarida a grita de nossos honrados e respeitáveis colegas, ora no exercício salutar da busca do direito de administrarem o Clube, todavia, com o respeito que se fazem merecedores, partem para o desnivelamento da campanha, sempre em momentos inoportunos, que eleição ainda distante e o Clube se empenhando para voltar a figurar nos degraus da segunda divisão do futebol brasileiro, investindo e apostando em uma vertente de ilações, que não espelham e não se alinham a tradição de respeitabilidade, a quem se dedica de forma suicida ao Paysandu, coisa que, repito, só vem nas gerações de Nabor Silva, George Falângola e Antonio Couceiro, ante suas impolutas e benfazejas passagens na história do Clube de Suíço, pelo que, na figura dos mesmos, personalizamos todos os demais que ajudaram a construir a história gloriosa deste Clube.
Quanto aos títulos, grita geral dos colegas oposicionistas, a principio, deveu observar que as normas estatutárias, não vedam ou não proíbem a venda de títulos ou permutas de títulos de sócio do Paysandu, ainda que sejam destinados para encontros de débitos decorrentes de valorização ou revitalização de seu patrimônio empreendido por associados, diretores ou conselheiros, afinal, títulos de sócios de clubes de Belém, sempre estão à venda à sociedade paraense, e o ato de transferência dos mesmos, também é operado regularmente no seio de nossa sociedade, são as moedas de papel.
A tese de nossos honrados colegas, oposicionistas, bicolores, que, também, são imprescindíveis para os desafios do Paysandu, não prosperará, ainda que sob o passionalismo decorrente de uma campanha, que embora distante da data do pleito, o que no mínimo, não é racional, em sendo assim, podem nos passar a imagem, indubitável, que parte de seus componentes mais radicais, optam e laboram, equivocadamente, e injustamente, em macular a imagem e desmerecer o trabalho do Benemérito Felipe Fernandes, o que, no mínimo não é salutar a um clube, que depende do sacrifício pessoal de seus aficionados.
Em assim sendo, em não encontrando guarida nos mandamentos legais do Clube, nossos honrados colegas oposicionistas, apelam e optam pelo tiroteio verbal, em franca campanha, diria, no mínimo, inoportuna, nos repassando no momento, que para os mesmos, o importante é que o Paysandu perca o campeonato paraense e despenque para quarta divisão, convenhamos, uma insensatez abominável.
Concluo, lembrando aos nossos colegas opositores, que, suas presenças e seus questionamentos, são sim, importantes para o Paysandu, desde que, revestidos de responsabilidade, pior seria, repito, não termos ninguém interessado em dirigir o Clube.
Em assim sendo, dentro da ótica que defendem , podem pugnar por uma emenda ou reforma estatutária, que estabeleça uma cláusula impeditiva com este jaez, ou seja, a cada sócio será permissível a venda de, tão somente, um titulo de sócio do clube, qual, nos parece ser o desejo dos mesmos.
Concluo, lembrando, que este episódio, revela o quanto a venda de títulos de sócio do Paysandu se faz importante, para que possamos nos habilitar a ajudar o clube, na busca de seus ideais, sociais e desportivos e que, assim, a aquisição destes títulos sob permuta de obras e serviços, foi e continuará sendo absolutamente legal, a não ser, reitero, que se opere uma mudança estatutária estabelecendo novos regramentos para aquisição dos mesmos, percepção perfeita que só o Felipe Fernandes, diferente de outros empresários do setor, conseguiu perceber. ATO LEGAL E INQUESTIONÁVEL SOB O PONTO DE VISTA ESTATUTÁRIO,
GUILHERME TADEU
Nota do editor: 1 - Algumas expressões intercaladas foram extraídas do texto, sem, no entanto, podar a contextualização;
2 - O que mais me interessa é saber se o CONDEL autorizou essa concessão ao Felipe Fernandes, e em seu arrazoamento não há definição clara sobre o tema.
Finalmente, um beijão na essência da sua alma bondosa e prestativa às causas do nosso Paysandu. Zeca.
É o que há!