ELEIÇÃO

Tanto no futebol como na parte administrativa as opiniões são diversificadas no Paysandu.

Ao sair da Rádio Marajoara ontem, 15h, fui à Curuzu e ao adentrar ao estádio pelo portão da ACLEP - Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Pará - recebi convite do vice-presidente do clube, Toninho Assef, para assistir ao jogo de um dos camarotes. Confesso que aceitei a deferência, mas por curiosidade prá conhecer o local, que, até então, nunca havia colocado os pés em ambiente de gente endinheirada no estádio do Papão.

“Luís Omar não tem jeito. O Zeca cutuca e ele abre a boca”, diziam bicolores em rodas. Isso porque Luís Omar havia empregado o termo “cambada” prá criticar a oposição; o trio que comanda o futebol - João Carlos Pontes, Olívio Câmara e Felipe Fernandes - calados. Ao que parece eles não são daqueles que quando comandam o time adoram ir à beira do gramado. Eles pensam que vestiários e gramados são prá jogadores e comissão técnica e mais ninguém.

Antônio Louro, em seu camarote, afirmou ao blogueiro que vai reunir hoje com Omar, mas que está determinado a comandar o departamento amador do Paysandu.

“Zeca, posso trabalhar na base, sim, mas com relação à eleição para presidente penso que vamos apresentar um grande nome no momento exato. Ainda está cedo”, disse Louro.

Para o presidente Luis Omar o Paysandu vai bater chapa com Vandick e Serra. “É salutar saber que os caras querem o Paysandu. A vez, agora, é do Toninho, mas ele não quer, então vamos lançar Felipe Fernandes.”, disse o presidente bicolor.

Nos camarotes, Felipe Fernandes permanecia calado.

Pelo telefone conversei com Ricardo Rezende, que afirma não tirar o direito de quem é sócio do Paysandu e querer ser presidente. “É um direito!”, disse Rezende.

O sucesso ou insucesso do time do Paysandu em campo, nesta temporada, pode determinar os rumos da campanha. É a minha opinião. Após Robinho perder o gol, deixei local e fui às cativas.

Para o presidente licenciado do CONDEL, Rezende (foto), “Sérgio Serra não tem trabalho no Paysandu que justifique ser vice de Vandick”, mas não tira o direito dele. “Nós não vamos ficar parados e no momento exato colocaremos nossas manguinhas de fora”, confirmou Rezende que está recuperando o estado de saúde.

Vandick, além da candidatura à presidência do Paysandu, terá pela frente campanha para a vereança belenense e baterá de frente com Zé Augusto que é, também, candidato a vereador. Ele que na eleição para deputado estadual obteve 16 mil votos em Belém.
Há quem diga, nos bastidores, que a diretoria do Paysandu preferirá ver Zé Augusto na câmara de vereadores a Vandick.

Os candidatos da “Novos Rumos” sabem que não será fácil chegar ao poder no Paysandu, mas que buscarão, estrategicamente, castrar “os cabritos” que sempre determinaram quem é quem em campanhas eleitorais no clube. Está só começando!

Após a derrota por 1 x 0 para o São Raimundo, torcida bicolor saiu calada, sem esboçar qualquer tipo de protesto, a não ser o silêncio, mas uma torcedora, nas cativas dizia: “Antigamente o castigo vinha a cavalo, agora é via internet. Luís Omar tem deixar de ser soberbo”.
É o que há!