MORAR BEM, COMER BEM E AMAR BEM

Taí. Adorei conversar com Fábio Oliveira, 37, que joga hoje pela Tuna contra o Clube do Remo. Não tem "nheendoca", não, ele fala mesmo.

Foi preciso ele abrir a boca no microfone do repórter Francisco Urbano (Rádio Clube do Pará) para que se desvendasse que a concentração da Tuna não tem condições de alojar jogadores.

Ontem, no “Souza”, ele fez uma “revolução” e sai da concentração lusa para o hotel “Grão Pará”, na Presidente Vargas.

Fábio Oliveira tem razão em reivindicar melhores condições de moradia, boa comida e água de qualidade, afinal, como ele mesmo disse, “saí da minha casa à beira da praia prá morar aqui na concentração da Tuna, não tem condições”. É verdade.

ORGANIZAÇÃO
“Eu estava no Rio, na minha casa, quando o Charles me telefonou, e eu gosto desse amigão. Estou aqui por causa dele, não é nem tanto pelo dinheiro é por ele que é meu irmão-amigo, agora é preciso organizar isso aqui. Se organizarem a concentração, eu moro, mas assim não dá. A água não é boa e alguns jogadores já passaram mal, mas acredito que o presidente possa fazer o melhor.”

DINHEIRO
“O futebol brasileiro e o mundial é assim. O jogador recebe um mês adiantado que é prá ele se organizar, conhecer a cidade, ir às compras. Antes eram as luvas, agora é o mês adiantado. E eu só trabalho assim. Dinheiro é feito prá gastar e eu gasto!”

UÍSQUE
“Não escondo de ninguém a vida que levo. O meu dever é jogar, e jogo, suo; fora dos portões do clube ninguém tem nada a ver com que faço. Não sou de cerveja, gosto de uísque e tomo meus uisquizinhos nas folgas. E daí?”

GREEN VILLE
“Quando joguei no Remo, morei no Green Ville. Morei porque pude pagar. Pagava R$ 4,6 mil por mês e gostei de morar lá. Eu lhe faço uma pergunta: ‘Você não gostaria de morar no Green Ville? “É claro!”, respondi. “Faço questão de dizer: o Remo não pagava prá mim morar lá. Eu pagava do meu bolso. Agora, que o Remo está me pagando direitinho.

VIDA
“Não vivo com a Bíblia debaixo do braço e levo a minha vida. Joguei na China, na Bolívia, no Paraná, no Rio, Goiás e grandes clubes e tenho uma vida estabilizada no Rio de Janeiro.”
Fábio Oliveira é bom de papo e aproveita o que ganhou no futebol prá viver nababescamente. Ele pode e adora viver bem: morar, comer e amar bem. Está certíssimo!
É o que há!