domingo, 19 de fevereiro de 2012

INDOMÁVEL, NEFANDO, IRREVERENTE, IMPOSSÍVEL, METICULOSO E INSTIGANTE: O PULO DO GATO!


QUIPROQUÓ
Terça-feira, 14, aconteceu a reapresentação do time do CR após a derrota para o Águia de Marabá.
Alguns torcedores arrombaram um dos portões do estádio, pelo lado da Antônio Baena, e ficaram na arquibancada, pelo lado da “Rômulo Maiorana” xingando Diego Barros, Rodrigo Ayres, Balu, Panda e Fábio Oliveira.
Após o treino, Fábio Oliveira encarou a turba (o alambrado dividia as partes), tendo ao seu lado Diego Barros e Rodrigo Ayres. Problemas solucionados foram para o vestiário.
No vestiário jogadores reclamavam da falta de pagamento integral dos vencimentos. A diretoria quando paga, paga 30 ou 40% dos salários. Hamilton Gualberto passava pelo corredor e ouviu os desabafos dos jogadores.
O cartola encarou quem reclamava: Juliano. O jogador exigiu pagamento integral dos seus vencimentos e disse que não estava mais a fim de ficar no clube. “Pode pegar o que é seu e ir embora”, disse Hamilton.
Rodrigo Ayres se solidarizou com o colega alterca com o dirigente, que não se cala e diz que “quem não está satisfeito que pode ir embora”.
No outro dia Luciano deixa o clube insatisfeito com a situação e não quer acordo com ninguém. Francisco Rosas, desafeto de Hamilton Gualberto, tenta solucionar o “affaire” com Luciano, que está determinado a deixar o clube.
Rosas consegue fazer a cabeça de Rodrigo Ayres e o leva à sede. Cabeça, Ayres e Rosas conversaram e o jogador concordou em dá voto de confiança ao presidente.
Ontem, após o jogo-amistoso com o Comercial, o repórter José Maria Trindade (este blogueiro) conversou com Rodrigo Ayres que confirmou o desentendimento com Hamilton Gualberto. “Realmente, aconteceu o desentendimento porque eles só pagam 30 ou 40% dos meus vencimentos e eu não concordo, mas já está solucionado porque o Rosas entrou na parada e tudo está solucionado”, disse Ayres.
(No programa SHOW DE BOLA, da Rádio Marajoara, rodarei sonora com o atleta)

FUTEBOL, CORPO E ALMA
Na segunda à noite resolvir ir a Cametá depois de ouvir coisas do arco da velha sobre o time que tem como símbolo o mapará (peixe).
Terça-feira, 5h30, embarquei num ônibus, no terminal rodoviário, e depois de atravessar 4 pontes (às do rio uriboca , Guama, Acará e Moju) e três balsas cheguei a festiva Cametá. Senti-me um repórter cucaracho e no hotel fui recebido pelo dono do estabelecimento. (preservo nome do estabelecimento e do dono, que é querido da comunidade)
Na esquina uma senhora vendia mapará no espeto a R$ 2.00. Comprei, comi e gostei. Voltei ao hotel e dei de cara com Mazinho (auxiliar do Cacaio), Edson Cimento (preparador de goleiros) e depois o próprio Cacaio, o treinador do time do Cametá.
Fiquei na cabeceira de uma imensa mesa, aonde todos que chegam, sentam prá assistir TV e resenhar sobre o time que é orgulho da cidade. De repente vi que chega Rafael Pati e ao ir ao bebedouro diz sem pressentir que na mesa estava um repórter: “Porra, os caras prometem hoje e amanhã e não pagam a gente. Agora, eles estão prometendo prá ama nhã”. Bebeu água e subiu prá seu apartamento. Percebi que eu estava no ninho das feras do Cametá.
Na hora do jantar vi que os jogadores vão em bando. Não tem supervisão para orientá-los e no restaurante (self- service) não há mesa específica para o clube. Quem chega come. Comissão técnica e jogadores assinam nota. “É a prefeitura que paga”, revelou-me uma funcionária.
Na quarta-feira, à tarde, fui ao estádio “Parque do Bacurau” assisti ao coletivo e mais uma vez Rafael Pati, a estrela do time, desembuchou: “porra, se esses caras não me pagarem eu vou embora. Deixei de ir para um time de Minas prá ficar aqui e os caras estão de sacanagem”.
Assisti ao treino e somente água para os atletas. E olhe lá. A metade do time do Cametá reside no estádio, em alojamento sob as arquibancadas com beliches, bebedouro e central de ar-condicionado. Só.
Enquanto o time treinava sob o comando de Cacaio, travei - disfarçadamente- diálogos com alguns funcionários da prefeitura que servem ao clube. “Olha, quando o Cametá ganhou da Tuna, alguns jogadores deram suas camisas, e o Peixoto ficou puto porque não tem outro jogo de camisa. Aqui, meu senhor, não tem médico, hoje que chegou este preparador físico (apontou para o Ampuero, que foi levado na terça-feira pelo Joperso), não tem massagista e nós ainda não recebemos”.
Outro funcionário revelou: “O Cacaio quer que o time concentre aqui no estádio, mas ‘cumu’ se os que estão aqui não têm prá onde ir? ‘Arguém’ tem que ir prá hotel”. Quando terminou o coletivo fui ao encontro do Cacaio, que me disse exatamente o que o funcionário revelou. “Não tem condição, Zé, o jeito é eu mandar os casados pra suas casas e os solteiros vão pro hotel. É assim, os caras são amadores”.
Quinta-feira, dia do jogo, o entra e sai é constante do Peixoto no quarto do Cacaio. Jogadores entram e saem sorrindo. Sinal de que o cartola está pagando o elenco e a comissão técnica.
Lá pelas 17h, Cacaio sai do hotel para o estádio e percebi que ele estava acabrunhado. Chego junto.
- E aí Cacaio os caras pagaram?
- Zé, antes de o Peixoto me pagar eu indaguei se ele havia pagado os caras que nos ajudam e ele disse que depois do jogo pagaria os meninos. Então, Zé, mandei que ele pegasse o meu salário e pagasse os caras, e depois do jogo ele me paga.
Em campo os senhores sabem o que aconteceu.
O time do Cametá é um caso inusitado. Um time sem estrutura nenhuma desbancar CR, PSC e TLB dentro de campo.
Saí do estádio, 23h, espantado com a correria do time do Cametá e o toque envolvente que não deixou o Águia ver a cor da bola. Como pode?
Na entrada do hotel as “meninas”, sem pejo, expressavam gestos afrodisíacos: “Vamos fazer uma chupetinha, tio?!”.
A prostituição, em Cametá, assusta o mais pudico ser humano. As adolescentes encaram os cucarachos como eu, 62, que tenho meus problemas financeiros, mas minha preocupação é sexual, sim, porque busco nos meus encontros sexuais corpo e alma. “Ficar” pelo simples ato de “ficar” não dá.
Até na "Maria Boa" ou na "Locomotira", aonde vou vez por outra, primeiro tem que ter "emoção" para depois curtir "ai, amor!"

PS: "Emeio" é: Gostosinho1950@oi.com.br
E às 12h estarei, ao vivo, com o SHW DE BOLA, na Rádio Marajoara-AM-1130.
É o que há!

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