domingo, 1 de janeiro de 2012

ALVÍSSARAS 2O12

Final de ano é momento prá tornarmos mais humanizados, de abraços, de confraternizações, de amigos invisíveis, tintim prá cá, tintim pra ali, enfim de dar às mãos até prá quem não tem a civilidade de dizer “bom-dia” ou “boa-tarde”. E como tem!...

Momentos de minudentes reflexões sobre o que fizemos de bom, de errado, os lapsos da vida, as omissões, os espíritos bélicos, os preconceitos bestas que há em cada um de nós, as discussões ideológicas, as mentiras, os desenganos da vida, as “derrubações”, os falsos profetas, os camelôs da fé, os políticos corruptos deste país, os patifes engravatados, dirigentes despreparados, gente que só pensa em si, esquecendo de quem precisa de uma mão amiga, egoístas e ególatras; é hora de pensar e de olhar prá frente, esquecer o passado e intuir o que nos dê alegria, prazer, felicidade. É bíblico.

Seria ótimo que seguíssemos os exemplos de Mandela, de Madre Tereza de Calcutá, de Irmã Dulce, de Jó (figura bíblica), de Jesus Cristo e de tantas outras personagens que fizeram da humildade expressões de vida e que ao final de tanto sofrimento foram glorificados.

Reconheço que não tenho o dom da humildade; sou de frontispício, de dizer o que penso e não tolero falsidade, bifronte, conversa fiada e jamais vou silenciar diante daquilo que vai de encontro aos meus princípios éticos e morais. Eu não devo ser ético com patife, com corrupto, com mentiroso, com quem pede dinheiro emprestado e não paga, com quem pratica o mal; gente que é capaz de pisar no pescoço da mãe prá se dá bem na vida. O rádio paraense tem os monstros, os egoístas e soberbos, e no esporte paraense os patifes engravatados. Tem um que deseja ser presidente do Paysandu.

Muitos falam em ética, principalmente nos meios jornalísticos, e acusam de antiéticos àqueles que ousam a falar a verdade, doa a quem doer, mas esquecem (ou não sabem) que a principal regra da ciência da moral é “aquilo que eu não desejo prá mim, não posso desejar para o meu próximo”; “aquilo que não devo falar ou escrever como homem, não devo falar ou escrever como jornalista”. E no nosso país ser ético é ser corporativista, é silenciar diante das mazelas dos confrades: advogado não advoga contra advogado bandido; médico não acusa médico assassino; jornalista não escreve contra jornalista; juiz não condena juiz que vende sentença; político não acusa colega pilantra, corrupto.

Como jornalista tenho medo de ser leviano, mentiroso, um Jayson Blair (repórter do The New York Times que inventava notícia), e tento diariamente colocar em prática minha experiência de 40 anos de profissão, fazendo deste metiê apostolado, aprendendo no dia a dia que “a tribulação pode ser traduzida em perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança”.

É essa esperança que me renova a cada dia, que ao acordar penso no meu Deus - que é rico poderoso e festeiro - e peço a ele que me dê saúde e sabedoria, extensivo a todos os que me leem; é essa esperança que tenho de um dia passar no entroncamento e não ver àquelas crianças cheirando cola, maltrapilhas e abandonadas pelos pais e ante a inoperância do poder público. Estas imagens estão no meu inconsciente e me atormentam porque sou impotente diante da situação. Ó meu Deus o que fazer?!

Tenho fé no dia de amanhã, porque o meu futuro depende mim. Sou otimista por natureza, porque acredito que este sentimento que há dentro de mim seja revelador de uma sociedade fraternal e participativa, politicamente. Acredito nos políticos honestos - que há neste país -, nos nossos governantes que pensam no bem estar do povo. Acredito em Dilma, em Jatene!

2012 chega com o Brasil sendo a sexta economia do mundo. É verdade! Mas nos faltam valores civilizatórios, bons costumes e isso só serão possíveis através da educação. E esta começa em casa, em família, que é a primeira agência socializadora da humanidade. Eduquemos nossos filhos a respeitar e a amar o próximo, fraternalmente, e serem civilizados.

Que 2012 seja um ano em que eu possa entender e ser entendido, amar e ser amado; respeitar e ser respeitado; crítico e criticado e que este blogue seja justo, democrata, apartidário, pluralista, corajoso, assustador, determinado, provocativo, independente, irreverente e continue fazendo a diferença no jornalismo esportivo na internet.Francamente, foi uma glória que obtive em 2011. A minha gratidão aos blogonautas pelos 700 acessos diários. Não acreditava que eu tivesse pique prá escrever todo santo dia. Vocês me renovaram e fizeram-me mudar o ritmo de vida que eu levava.Não sei definir meu gosto por puteiro. Sinto-me bem ao lado das minhas colegas. Já me apaixonei por prostitua e aprendi que quando há amor e sinceridade, não existe traíção. Só existe "chifre" quando há mentira.

Estou na minha casinha (dois-prá-la-dois-prá-cá) engendrando essas palavras e na FM toca o “Maluco Beleza”. Que coincidência: “Queira/Basta ser sincero/ E desejar profundo/você será capaz de sacudir o mundo/Vai!/Tente outra vez!/E não diga que a vitória está perdida./Se é de batalha que se vive a vida/Tente outra vez!” Paidégua!

Fé! Esperança! Amor! Honestidade! Integridade! Lealdade! Gratidão! Penso que o mundo precisa de paz e de homens de boa vontade!

P.S. Daqui a pouco revelarei uma bomba!
Aguardem!
É o que há!

Um comentário:

  1. Jose Maria Trindade para voce e todos que participam deste blog um feliz 2012 com saude paz e amor.

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